tag:blogger.com,1999:blog-55251841221999004782024-03-05T19:32:11.630-08:00carloSSenareflexões sobre arte contemporânea de goiásCarlos Sena Passoshttp://www.blogger.com/profile/09454512078196286029noreply@blogger.comBlogger26125tag:blogger.com,1999:blog-5525184122199900478.post-55725103681821539442013-01-06T11:19:00.000-08:002013-01-23T05:04:36.047-08:00Entrevista de Carlos Sena Passos a Sebastião Vilela – Magazine / O Popular, 06/01/2013.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxz2JlOw_CYu5bbF9xkPvd-XMRMjFJgbLdzoXJghWxp9CRFWf-pPfk2v87Z0RhTpObIo71sc7ethZ_WQuZzBrmydcmjlRcrI2iDvi4YR5g0Y1GprYuTQDKi3DNdv3jt64matnrVuez1Rwh/s1600/004.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="235" width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxz2JlOw_CYu5bbF9xkPvd-XMRMjFJgbLdzoXJghWxp9CRFWf-pPfk2v87Z0RhTpObIo71sc7ethZ_WQuZzBrmydcmjlRcrI2iDvi4YR5g0Y1GprYuTQDKi3DNdv3jt64matnrVuez1Rwh/s320/004.jpg" /></a></div>
<b>1 – Além do período, quais são outras características de DJ Oliveira e Cleber Gouvêa que determinam que eles se inserem no movimento modernista das artes plásticas goianas? </b>
<b>Carlos Sena</b> – Os dois artistas são professores fundamentais para as escolas que estabeleceram o ensino superior em arte no Estado na década de 60. DJ Oliveira lecionou na Escola Goiana de Belas Artes para a juventude da época (Siron franco, Ana Maria Pacheco, Iza Costa) e para além da escola seu atelier influenciou muitos outros artistas. Cleber Gouvêa foi o grande professor de pintura do antigo Instituto de Artes, que existiu antes da atual FAV da UFG. Oliveira foi o artista seminal para a corrente expressionista que se criou em Goiás, enquanto Cleber foi mais abstrato e racional. Ambos representam duas faces do nosso Modernismo: uma marcada por subjetividade e impulsividade, outra marcada por raciocínio e planejamento.
<b>2 – É correto afirmar que assim como na literatura, o modernismo em Goiás foi um tanto tardio? Caso afirmativo, por que isso ocorreu?</b>
São vários os movimentos e obras modernistas existentes no Brasil. Entendo que temos que parar de pensar que o início do modernismo no Brasil ocorreu somente com a Semana de Arte Moderna em 1922. O país é muito grande e complexo, com muitas temporalidades. Acredito que temos que superar o “tardio”. Em Goiás, o modernismo das artes plásticas surgiu somente com o ambiente criado em Goiânia (cidade nascida mais de dez anos após a Semana de 22) e com a própria implantação das instituições de ensino. Em Goiânia, a primeira exposição a exibir arte moderna foi realizada em 1954. O nosso modernismo nas artes plásticas aconteceu em sincronia com o crescimento de Goiânia e conseqüentemente do Estado. Na hora certa, os artistas deram as respostas certas às questões que a sociedade lhes apresentava. E isto é o que importa.
<b>3 – O legado maior de DJ Oliveira está na visão que ele trouxe para Goiás de ser artista, de viver da arte, ou na sua extensa produção? </b>
Acredito que o legado do Oliveira se deu nos dois campos. Sua atuação de professor foi muito importante para a formação de uma geração inteira de artistas goianos, e sua obra foi muito vasta e feita com muitas técnicas. Foi como artista que ele revelou parte da nossa identidade cultural.
<b>4 – Cleber Gouvêa era um mestre que dominava as diversas técnicas ou ele não tinha medo de experimentar? </b>
Cleber era um professor que sabia de muitas técnicas. O que ele não sabia ele pesquisava e inventava. Ele dava aula no Instituto de Artes na minha época de estudante, mas eu não estudei com ele. Sua fama era de ser “Dona Benta das artes plásticas”, porque dominava a parte técnica, os métodos de feitura, a artesania dos ofícios.
<b>5 – As individuais de DJ Oliveira e Cleber Gouvêa no MAC do CCON situam a importância da dupla para a evolução das artes visuais em Goiás?
</b>
Tem muitos anos que os artistas faleceram e desde então ainda não se havia realizado grandes mostras sobre suas produções, sobretudo acompanhadas de catálogos com textos críticos e com cronologias. As duas exposições no MAC são oportunidades para o público que nunca viu conhecer a produção dos dois artistas, para o publico conhecedor rever e reavaliar, e para os especialistas é oportunidade de pesquisar.
<b>Carlos Sena Passos nasceu em Mairi BA em 1952, vive e trabalha em Goiânia GO desde 1973. É artista plástico, diretor do Centro Cultural UFG, professor da Faculdade de Artes Visuais da UFG e pesquisador da arte em Goiás. Coordena a formação do acervo artístico da UFG e foi curador do 1º Salão de Arte Contemporânea do Centro-Oeste.</b>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifZUVoLaBg2KlqFVvFZoUvAIvdK_1wB2YRZ47caglwatZiKImaK9p8vleQoIv4ZuMhSdEU-g4Xm86dzb4zXygX6M4B0XtSw1N_DGQaSAbKvKDt61ZjnC42NBjwB68reJMiRb3GDC1ooUsM/s1600/Carlos+Sena+-+Entrevistado+por+Sebasti%25C3%25A3o+Vilela+-+reduzido.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="305" width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifZUVoLaBg2KlqFVvFZoUvAIvdK_1wB2YRZ47caglwatZiKImaK9p8vleQoIv4ZuMhSdEU-g4Xm86dzb4zXygX6M4B0XtSw1N_DGQaSAbKvKDt61ZjnC42NBjwB68reJMiRb3GDC1ooUsM/s320/Carlos+Sena+-+Entrevistado+por+Sebasti%25C3%25A3o+Vilela+-+reduzido.jpg" /></a></div>
Carlos Sena Passoshttp://www.blogger.com/profile/09454512078196286029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5525184122199900478.post-4657241500260375282012-12-06T14:50:00.000-08:002012-12-06T14:57:10.644-08:00Muito prazer, Goiânia!<div class="separator" style="clear:
both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhP7OYr5Ewq8hK-ynycuEC8wgrKqc_RjQDKqWIiEND4OCt_pW72HtfckkdEU2bERvNMokQViwEvVOLHv2b14wpnJ7xxvJuRbF6-3ZW4ekwT7_qvYiz-TtzWmDH2jyv1ln8qWjXniZGDM5xy/s1600/Muito+Prazer%2521+Goi%25C3%25A2nia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="119" width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhP7OYr5Ewq8hK-ynycuEC8wgrKqc_RjQDKqWIiEND4OCt_pW72HtfckkdEU2bERvNMokQViwEvVOLHv2b14wpnJ7xxvJuRbF6-3ZW4ekwT7_qvYiz-TtzWmDH2jyv1ln8qWjXniZGDM5xy/s320/Muito+Prazer%2521+Goi%25C3%25A2nia.jpg" /></a></div>
<b>"- Muito prazer, Goiânia!" . 2003".</b> Flyers, cartões, imãs de geladeira, etc. em molduras de gesso. Acervo UFG. Obra de Carlos Sena que participa da exposição "A cidade é o Lugar" no Museu de Arte Contemporânea de Goiás - Centro Cultural Oscar Niemeyer, à partir do dia 11 de dezembro de 2012.
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Uma coleção de impressos emoldurados sinalizam os diversos produtos e serviços, à disposição dos sujeitos nas metrópoles atuais. Imagens efêmeras e descartáveis, que nos invadem diáriamente a existência, através dos multi-canais midiáticos e massificadores, anunciando a saciedade do corpo e a transcedência do espírito. Aqui, instaura-se um verdadeiro corolário de promessas de felicidades, e facilidades para se viver numa cidade grande, e numa sociedade que, é toda ela vocacionada ao progresso. No conjunto imagético inclui-se os flyers, panfletos, cartões, imãs promocionais e anúncios de shows, festas, espetáculos, restaurantes, seviços deliverys, cartões de créditos, de contatos, etc..., e estes, juntos na proposta artística, acabam também por indiciarem à uma espécie de crônica contemporânea da atualidade, motivada numa Goiânia do início dos anos 2.000.
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Na urbe caleidoscópica que o material exibe, "apresentando-se aos contatos amistosos e prazeirosos", percebemos que, na aparência programada ao consumo, é residual os resquícios da memória visual e do gosto do século passado, que aqui são vistos num processo de apagamento e de amnésia coletiva; esse aspecto, contrasta agora, com a nova visualidade instaurada pela colorida coleção de imagens que foram emolduradas. As imagens descartáveis de propaganda e de publicidade sinalizam às promessas de um futuro com mais prazer e conforto num lugar utópico, onde todos os sonhos são passíveis de serem realizados. Assim, nos sugere esse universo de aparências programadas à substituição contínua de modelos e de mensagens, nesse jogo onde elas que estão sempre à nossa disposição para nos servir, e nos comunicar intermitentemente, os seus serviços e vantagens. Estas imagens/mensagens, no fundo nos comunicam também, o domínio de um sistema pautado num modelo de mundo, que está sempre em completa transição, e voltado apenas, a promoção da eficácia do consumo.Carlos Sena Passoshttp://www.blogger.com/profile/09454512078196286029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5525184122199900478.post-90668648946308577032012-11-27T13:35:00.002-08:002012-11-29T05:43:00.240-08:00"MUTLEY, FAÇA ALGUMA COISA!..."
<b>ASSIM FOI O CAPÍTULO FINAL DA NOVELA MEDALHA, MEDALHA, MEDALHA!..."</b>
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Os textos de apresentação dos homenageados com as <b>Medalhas de Mérito Cultural durante a entrega do Troféu Jaburu 2012</b>, não foram lidas na cerimônia oficial ocorrida no Palácio das Esmeraldas no dia 21 de novembro, quando então, optou-se por uma redução no tempo de duração daquele ato simbólico. Publico aqui o texto que me referendava a Medalha de Mérito Cultural Artes Plásticas, apoiado na crença que a minha homenagem,assim como as demais, a princípio foram sugeridas pelas categorias artísticas e/ou culturais, e posteriormente corroboradas pelo Conselho de Cultura Estadual de Goiás; quando este, nos preparou os tais textos. Porisso estou reproduzindo aqui, e em destaque, a minha apresentação particular. Eu a retirei de um dos poucos papéis impressos, providenciados pelo cerimonial e distribuídos no salão. Esclareço que, eu não estou fazendo isto por qualquer destrato político, ou como, uma atitude de desagravo aos organizadores do evento em sí, por terem enxugado a tal cerimônia; pois isso confesso que, no fundo eu até achei muito bom, devido ao calor insuportável que fazia naquela noite, e, a que nenhum ar-condicionado fora capaz de refrescar a grande multidão que se acotovelava no Sala D. Gercina Borges. Embora eu entenda também, que o público presente merecia sim, conhecer às razões das homenagens em sí, com ou sem calor. Mas, a razão principal de reproduzir a minha apresentação aqui, é tão somente porque, eu me sentí muito honrado com o reconhecimento do meu trabalho e da minha trajetória de vida, compromissada com os desenvolvimentos da arte local, e, a que esse texto então, intentava esclarecer e tornar público. Só agora, eu posso compartilhar a que deveria ter sido a minha apresentação, e assim, eu posso atingir ao menos em parte, ao seu propósito original.
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1DXOfyslQ4f56_jk_LsX-RccVy29tmVXjttKqpfNy7k6P5sbR65AFvQzGdcUvp8OnOXs1s0KblFcH7t8vOUjJqJUU4jUAzz3WgB5d5KpLuTkDe1i34l7M6aIQXE17oYg1jSCIaIawpVyS/s1600/Carlos+Sena%252C+Rosa+Berardo+e+Eriberto+Bevilacqua+-+Medalhas+de+M%25C3%25A9rito+Cultural+2012.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="213" width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1DXOfyslQ4f56_jk_LsX-RccVy29tmVXjttKqpfNy7k6P5sbR65AFvQzGdcUvp8OnOXs1s0KblFcH7t8vOUjJqJUU4jUAzz3WgB5d5KpLuTkDe1i34l7M6aIQXE17oYg1jSCIaIawpVyS/s320/Carlos+Sena%252C+Rosa+Berardo+e+Eriberto+Bevilacqua+-+Medalhas+de+M%25C3%25A9rito+Cultural+2012.jpg" /></a></div><b>Carlos Sena - Artista plástico, Rosa Berardo - Audio-Visual e Eriberto Bevilacqua - Vice-Reitor da UFG, representando a Rádio Universitária.
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<b>DIRIA ASSIM, O DISCURSO DA MINHA APRESENTAÇÃO:</b>
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<b>CARLOS SENA PASSOS (Artes visuais)</b>
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<b>Carlos Sena Passos tem uma vitoriosa carreira como artista plástico, como incentivador de jovens artistas, gestor cultural e divulgador das artes plásticas em Goiás. Como artista, participou de gabaritadas exposições individuais e coletivas, regionais e nacionais. Participa com várias obras da Coleção Gilberto Chateaubriand e do acervo do MAM – Rio. Mestre pela Escola de Comunicação e Artes da USP e professor da Faculdade de Artes Visuais da UFG. Participou ativamente da criação e implementação do Centro Cultural da UFG. Sob a sua direção, este espaço obteve para o acervo obras premiadas de artistas contemporâneos nacionais, doadas pelo Prêmio SESI Marcantônio Vilaça e Itaú Cultural. Vencendo o Edital da Funarte, realizou o 1° Salão de Arte Contemporânea do Centro-Oeste com a participação de importantes críticos nacionais e artistas da região.</b>
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<b>
LISTA COMPLETA DOS HOMENAGEADOS DO TROFÉU JABURU 2012</b>
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Finalista e um dos vencedores do Prêmio Jabuti deste ano, o escritor Edival Lourenço foi o 48º homenageado com a comenda maior da cultura goiana, concedida todos os anos pelo Estado de Goiás. A solenidade de entrega do Troféu Jaburu 2012, que também celebrou os 45 anos de criação do Conselho Estadual de Cultura, aconteceu no Palácio das Esmeraldas no 21 de novembro, às 20 horas.
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Criado por resolução do Conselho Estadual de Cultura de Goiás (CEC-GO), o Troféu Jaburu foi entregue pela primeira vez à Cora Coralina, há 32 anos. A escolha da pessoa homenageada a cada ano é feita pelos conselheiros e o troféu é entregue a personalidades que se destacam no campo da cultura, seja pela sua promoção, por intensa militância ou excepcional produção.
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Edival Lourenço, 2º lugar na categoria romance do Prêmio Jabuti com a obra “Naqueles morros, depois da chuva”, foi eleito este ano para receber o Troféu Jaburu, em reconhecimento ao conjunto de sua produção. Outras vinte e seis comendas (entre medalhas e diplomas) forão entregues a artistas, produtores, gestores públicos, representantes da cultura popular e instituições de destaque.
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As Medalhas do Mérito Cultural foram concedidas a Valdivino Braz (letras), Valéria Figueiredo (artes cênicas - dança), Rosa Berardo (audiovisual), Consuelo Quireze (música), <b>Carlos Sena Passos (artes plásticas)</b> e Custódia Annunziata Spencièri (memória e patrimônio), pessoas que tiveram uma trajetória de significativa dedicação a ações nesses segmentos.
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Por sua vez, os Diplomas de Destaque Cultural do Ano, foram concedidos às pessoas físicas e jurídicas que mais se sobressaíram nas atividades culturais nos últimos doze meses, também entregues na solenidade de quarta-feira. Foram homenageadas as Festas do Divino Espírito Santo de Crixás e de Jaraguá, a Rádio Universitária de Goiânia (UFG), o Instituto Histórico Geográfico de Goiás (IHGG), o Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG) e o Teatro SESI, além de artistas do circo, da música e do audiovisual. Participaram da solenidade homenageados vindos de doze municípios goianos. Confira a lista completa das pessoas e instituições que receberam as Comendas Culturais do Estado.
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<b>HOMENAGEADOS COM AS COMENDAS CULTURAIS DO ESTADO:</b>
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<b>TROFÉU JABURU: Edival Lourenço de Oliveira</b>
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<b>MEDALHAS DE MÉRITO CULTURAL:</b>
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· <b> Valdivino Braz (letras)</b>
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· <b> Valéria Figueiredo (artes cênicas - dança)</b>
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· <b>Rosa Berardo (audiovisual)</b>
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· <b> Consuelo Quireze (música)</b>
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· <b>Carlos Sena Passos (artes plásticas)</b>
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· <b>Custódia Annunziata Spencièri (memória e patrimônio)</b>
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<b>DIPLOMAS DE DESTAQUE CULTURAL DO ANO DE 2012:</b>
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· Adalto Bento Leal
· Adriana Rodrigues
· Antolinda Baía Borges - “Tia Tó” (Cidade de Goiás)
· Associação de Artesãos de Valparaíso de Goiás (Amorval) / Prefeitura Municipal de Valparaíso de Goiás
· Associação de Catireiros e Foliões de Crixás (ACFC-GO) / Grupo de Catireiros de Crixás / Prefeitura Municipal de Crixás.
· Associação de São José (Bela Vista de Goiás)
· Coletivo Cine Cultura
· Fractal Filmes
· Folia do Divino de Jaraguá / Banda Santa Cecília / Paróquia Nossa Senhora da Penha
· Hugo Caiapônia
· Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG)
· Instituto Histórico e Geográfico de Goiás (IHGG)
· Jhony Robson dos Santos - “Bulacha”
· Juliano George Basso (Vila de São Jorge – Alto Paraíso)
· Maria da Piedade Gonzaga Lopes (Orizona)
· Casa de Cultura - Prefeitura Municipal de Bom Jesus de Goiás
· Rádio Universitária - Universidade Federal de Goiás (UFG)
· Teatro SESI
· Tião Donato (Inhumas)
· Walter MenezesCarlos Sena Passoshttp://www.blogger.com/profile/09454512078196286029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5525184122199900478.post-74151274251797692522012-02-07T12:11:00.000-08:002012-02-07T12:11:17.913-08:00I salão de arte contemporânea do centro-oeste<iframe width="480" height="270" src="http://www.youtube.com/embed/XTKOZLBW2Is?fs=1" frameborder="0" allowFullScreen=""></iframe>Carlos Sena Passoshttp://www.blogger.com/profile/09454512078196286029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5525184122199900478.post-77755152108654308662012-01-06T09:35:00.000-08:002012-01-06T09:35:59.329-08:00PROJETO FOCO UEG (Artes Plásticas) BLOCO 05<iframe width="459" height="344" src="http://www.youtube.com/embed/1eFlM9MbOB4?fs=1" frameborder="0" allowFullScreen=""></iframe>Carlos Sena Passoshttp://www.blogger.com/profile/09454512078196286029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5525184122199900478.post-79774745331116727762011-08-24T09:33:00.000-07:002013-01-23T05:00:45.258-08:00Goiandira do Couto e a pintura/colagem com as areias multicoloridas da serra dourada.
<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhL4HgBJCUgNZ0k2A06fRalAH05miMq1Ahvg8f7RFiFow80xGX9E-5VdTGvsj0qKGl7Ib2fEA5bwRnZSJezethHf1BKYFU1HiqnTc-_BWhVy7_nknQu7d-pFYE4NV4dZ8PoKOCGABEEqWKV/s1600/GoiandiradoCouto-PraadoRosrio.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 220px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhL4HgBJCUgNZ0k2A06fRalAH05miMq1Ahvg8f7RFiFow80xGX9E-5VdTGvsj0qKGl7Ib2fEA5bwRnZSJezethHf1BKYFU1HiqnTc-_BWhVy7_nknQu7d-pFYE4NV4dZ8PoKOCGABEEqWKV/s320/GoiandiradoCouto-PraadoRosrio.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5644463452574941330" /></a><span style="font-weight:bold;">Goiandira do Couto - Largo do Rosário.<br /></span> <br /><span style="font-weight:bold;">Deire Assis entrevista Carlos Sena</span><br /><br />O Popular<br /><span style="font-weight:bold;">Qual o significado da obra de Goiandira do Couto para Goiás e o Brasil?<br /></span><br /><span style="font-weight:bold;">Carlos Sena</span><br />Goiandira do Couto foi a primeira mulher pintora do estado Goiás, e ela, já aos 16 anos encarou a pintura como ofício, mas, só vai alcançar mesmo a sua maturidade artística, quando começar enfim, a desenvolver a sua técnica de pintura/colagem com as areias coloridas da serra dourada. Desenvolveu uma temática inspirada nos tradicionais casarios coloniais, ruas e becos da Cidade de Goiás, criando uma arte que lhe conferiu um reconhecimento que se ampliou do local aos muitos admiradores no plano nacional, e conseguiu também fazer muitas incursões no colecionismo internacional, disseminando suas pinturas por diversos países do mundo.<br />Goiandira do Couto e Oto Marques foram os dois artistas pioneiros na representação do paisagismo no estado de Goiás, e que, se inspirando no bucolismo da antiga capital, ajudaram em muito, a criar uma identidade visual goiana na pintura do séc. XX. <br /><br />O Popular<br /><span style="font-weight:bold;">Só mais tarde Goiandira desenvolveu a técnica com areias. Isso comprova o espírito inovador e criativo desta artista?<br /></span><br /><span style="font-weight:bold;">Carlos Sena</span><br />Em 1967 exatamente quando ela tinha os seus 52 anos, ela radicalizou de vez a sua técnica, encerrando aí, a fase da pintura a óleo quando manobrava finos pincéis, passando a manipular então, as cores em estado bruto obtidas dos pigmentos minerais que coletava na serra dourada, e são estes pigmentos, que lhes escorrendo dentre os dedos, irão conferir aquela famosa luz dourada às inimitáveis paisagens goianas que pintou. São vistas de Goiás aprisionada dentro da serra dourada, e esta serra, é que além de conferir a matéria-prima inusitada para a artista se expressar, é também a fonte de onde emana a luz dourada refletida na cidade justificando aí o seu nome de “Serra dourada”, e foi esse clima dourado da Cidade de Goiás, que Goiandira do Couto magistralmente conseguiu capturar nas suas pinturas .<br /><br />O Popular<br /><span style="font-weight:bold;">A técnica pioneira de Goiandira fez seguidores?<br /></span><br /><span style="font-weight:bold;">Carlos Sena</span><br />Em todas as áreas do conhecimento, sempre que alguém cria algo novo, logo na sequência, surgem os imitadores. Com Goiandira também não foi diferente, ao longo da sua existência teve um séquito deles, eu mesmo já ví uns três ou quatro; mas, o mais importante disso tudo, será que ao contrário dela, nenhum deles alcançará reconhecimento público, e a técnica de pintura/colagem de areia, não importa quem a use, será sempre reconhecida como a técnica da Goiandira do Couto.<br /><br />O Popular<br /><span style="font-weight:bold;">Como fica a cultura de Goiás sem Goiandira?<br /></span><br /><span style="font-weight:bold;">Carlos Sena</span><br />O artista é gente, e toda gente é finita. Agora, quanto a natureza da Arte, muito antes e também pelo contrário, pretende-se eterna. Então,podemos pensar que o estado ficou mais pobre porque perdeu a grande cidadã, e a Cultura ficou enriquecida com a sua produção, e esta agora já podemos dizer, está concluída. Poderíamos dizer também, que agora a sua obra já está iniciando um outro ciclo, que é até muito maior e mais complexo, a sua produção agora trilha o caminho do reconhecimento histórico, ou da produção simbólica de uma época, engendrando assim uma dimensão que envolve ao seu legado artístico enquanto um patrimônio cultural do estado de Goiás.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Entrevista concedida no dia do falecimento de Goiandira do Couto (22/08/2011), e publicada parcialmente em O Popular de 23/08/2011, aquí exibida na íntegra.</span>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPRL2phtQGl8ukZrBN0xpwKUkkuZ0P9qIEx2iyitXuRqPRxMftd-ng5cntVHVYSFJCkFsEk0Ya992enWzJ1LdgfS05vuTXSCN937W8GZAA0JGvuK3Nhv6lV_KmTdsh6efc1oMOlHxiqQd6/s1600/150976_469185679810072_1575217183_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="320" width="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPRL2phtQGl8ukZrBN0xpwKUkkuZ0P9qIEx2iyitXuRqPRxMftd-ng5cntVHVYSFJCkFsEk0Ya992enWzJ1LdgfS05vuTXSCN937W8GZAA0JGvuK3Nhv6lV_KmTdsh6efc1oMOlHxiqQd6/s320/150976_469185679810072_1575217183_n.jpg" /></a></div> FOTO: Marcos LoboCarlos Sena Passoshttp://www.blogger.com/profile/09454512078196286029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5525184122199900478.post-8685286786441415312011-07-29T13:16:00.000-07:002011-08-28T13:25:21.599-07:00Comenda de Honra ao Mérito – Anhanguera<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjp4BgLdgVypPdiZfYA3-3nNS78mcP2tL-2mXwvi7UKKgaH_uDDqradmAH79JIkxTnafrFdClArM33bdNnvxe_dItFACiBzZhD0GZoID37Le0OOu9OrR1fCRNUL3QEc2-Y_UysaBGlYRGSx/s1600/Comenda+Anhanguera+-+Goi%25C3%25A1s+059a.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 232px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjp4BgLdgVypPdiZfYA3-3nNS78mcP2tL-2mXwvi7UKKgaH_uDDqradmAH79JIkxTnafrFdClArM33bdNnvxe_dItFACiBzZhD0GZoID37Le0OOu9OrR1fCRNUL3QEc2-Y_UysaBGlYRGSx/s320/Comenda+Anhanguera+-+Goi%25C3%25A1s+059a.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5634871686206891042" /></a><span style="font-weight:bold;">Pitágoras Lopes, Divino Sobral e Carlos Sena - "Tá Comendado!..."</span>
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<br />Tudo aconteceu muito rápido, e de repente lá estávamos Pitágoras, Sobral e eu dentre os homenageados de 2011. Daqueles que, iriam receber a Comenda Anhanguera – maior distinção conferida pelo Governador, na cerimônia de transferência simbólica da capital do estado de Goiás para a Cidade de Goiás, a antiga Vila Boa. Nela, que atualmente ostenta o título de patrimônio da humanidade, e que também fora no passado a sua primeira capital. Através dessa cerimônia oficial, todo ano a Cidade de Goiás recupera simbólicamente o status-quo de capital durante as comemorações de seu aniversário, e dentre estas comemorações, um dos momentos mais esperados é a Cerimônia de distribuição da Comenda Anhanguera, para um time de personalidades estaduais duma seleta lista que o Governo organiza para tal ocasião. Coisas da história e da tradição goiana!
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<br /> Pois bem, foi nessa lista fechada que fomos incluídos em 2011, e porisso rumamos todos nós, para a famosa cerimônia na Cidade de Goiás. Alí, naquele fim de uma manhã de julho do dia 27, numa quarta-feira, no largo do chafariz de cauda, debaixo de um sol a pino, na frente da antiga cadeia, e com a Vila Boa literalmente aos nossos pés; comparecemos quando se armou a cerimônia oficial desse ano, e esta, com a presença do Governador Marconi Perillo, com diversas autoridades discursando, e também com os agraciados perfilados (centenas deles) lado a lado; suando em bicas dentro de suas roupas festivas, e corações disparados no meio de toda aquela exposição pública; a cerimônia em sí, que me parecia mais, um misto de rito militar e celebração olímpica com direito a pódio. Tudo isso era promovido então, em nome dos supostos feitos honoríficos, que nos asseguraram, termos prestados ao estado.
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<br /> Essa era o tipo de situação que, você nunca saberia ao certo do porque, ou como, isso de fato, fora acontecer justamente com você. E logo você, que nunca tinha sonhado com algo assim, ou sequer invejou a quem e por acaso um dia, já tivesse conseguido tal tipo de distinção; e bem você que, até lá no fundo do seu eu, regojizava-se de prazer porque jamais faria parte desse rol, ou dessas tribos. Mas agora, por ironia do destino, uma vez que tivera sido incluído na lista dos Comendadores de Goiás, não se daria mesmo, para recusar à tal homenagem, pois acredito que ela simplesmente é, uma espécie do “Oscar do Cerrado”; e mesmo que não concordemos com esse tipo de estratégia de promoção política, uma vez distinguidos, não nos resta outra escolha que não seja encarar esse fato de frente, e também ao seu ritual. Afinal de contas, acredito também, que não devemos retribuir distinção e respeito com recusas e falta de educação para com os que nos atribuíram e/ou outorgaram reconhecimentos de méritos nos nossos feitos. Diz a sabedoria popular que, quem está na chuva, tem que se molhar. Aqui nesse caso, na verdade seria melhor se dizer: quem está no sol abrasador da Cidade de Goiás esperando Comenda-Anhanguera, que se molhe também, que sue todas as suas bicas, que empapem às suas roupas de festas, mas, mantenham as suas poses e esperem humildes e solenementes ,a vez de cada um deles, ser agraciado com a tal medalha honorífica. Quem seria bobo de recusar tal homenagem? nunca se sabe o dia de amanhã. E vai que, de repente, seja necessário provar sabe-se lá para quem, que você é um sujeito respeitável! Por via das dúvidas, melhor aceitar a homenagem e comparecer à cerimônia.
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<br /> Assim, num determinado momento dessa solenidade, surge na sua frente, um fardado militar de alto escalão, tal fato esse, indiciado pela enorme quantidade de medalhas e comendas que ele ostentava no seu fardão, e esse militar, postado à sua frente, lhe cumprimenta em nome do Governador do Estado de Goiás. Em seguida, pega uma das diversas medalhas que uma jovem e bela, e também, policial militar segurava numa bandeja, e diz: - <span style="font-weight:bold;">“Em nome do Governo do Estado de Goiás, eu estou lhe entregando a Comenda da Ordem ao Mérito – Anhanguera, a que Vossa Senhoria se fez merecedor, e como reconhecimento pelos relevantes serviços que o Sr. prestou ao Estado de Goiás”</span>. Enquanto ele recita muito compenetrado e oficialmente o texto daquele ritual, uma outra bela moça policial, postada às costas do homenageado, se incubia de amarrar a comenda no seu pescoço. Daí, veio o cumprimento final - Meus parabéns! E então, eles se dirigem para o próximo agraciado da fila para repetir tudo aquilo.
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<br /> E de repente, com a medalha já pendurada sobre o peito (pesadona ela!) você fica alí como uma barata tonta, procurando alguém conhecido na platéia para exibi-la de perto, e fica também, com uma vontade de fugir dalí, louco para se livrar daquelas roupas suadas pelo calor causticante de Goiás. E mais ainda, fica com uma fome de cão no meio dia que já é; e aí, pensando bem, o melhor agora seria, se mandar daquele lugar para resolver tudo aquilo outro que agora, estava lhe aperreando por demais. Nessa situação, o melhor mesmo, será deixar os exibimento aos amigos para depois, bem depois, e de preferência fazer isso longe dalí pelos e-mails, blogs, twitters e facebooks da vida!
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<br /><span style="font-weight:bold;">Carlos Sena Passos</span>Carlos Sena Passoshttp://www.blogger.com/profile/09454512078196286029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5525184122199900478.post-74779546564397098522011-05-04T12:20:00.000-07:002011-05-04T17:01:50.050-07:001º SALÃO DE ARTE CONTEMPORÂNEA DO CENTRO-OESTE<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9G3bBj9eo935LCAVPrK41TOKKT8Wr5fIOx5WjD5AYDAPWVs_BT96hi084u8Fb8cfIsEdrRkjUuZmxIqWhM_x-Hs07uhKzChj80RAvZcIdm7Vn9YpjB659PedTuhhHYqnUnKFrxvbFpqCF/s1600/DSC_0699.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9G3bBj9eo935LCAVPrK41TOKKT8Wr5fIOx5WjD5AYDAPWVs_BT96hi084u8Fb8cfIsEdrRkjUuZmxIqWhM_x-Hs07uhKzChj80RAvZcIdm7Vn9YpjB659PedTuhhHYqnUnKFrxvbFpqCF/s320/DSC_0699.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5603006128901727282" /></a><span style="font-weight:bold;">Edney Antunes-GO, Humberto Espíndola-MS e Adir Sodré-MT.</span><br /><br />O 1º Salão de Arte Contemporânea do Centro-Oeste pretende realizar a cada dois anos uma amostragem da arte produzida na região. Sua função é minimizar a enorme lacuna que separa os processos culturais desenvolvidos no Centro-Oeste, e criar uma força institucional no campo artístico que permita conexão, articulação e diálogo entre as produções plásticas de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. <br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRhQ-RETWciXhY0WewsvWT8GKRcOxBLm3QbqmHGg-6b89ftwoc1eD3wZTtddT3WcdjSKnfTBjkO6YOM35G5Woc9Yys2iEAdPFt0aIXNmMYCyK5CT5luODxldmADCb6OINGTIeSaT2sUDeR/s1600/Luiz+Mauro.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 214px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRhQ-RETWciXhY0WewsvWT8GKRcOxBLm3QbqmHGg-6b89ftwoc1eD3wZTtddT3WcdjSKnfTBjkO6YOM35G5Woc9Yys2iEAdPFt0aIXNmMYCyK5CT5luODxldmADCb6OINGTIeSaT2sUDeR/s320/Luiz+Mauro.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5602959557298178594" /></a><span style="font-weight:bold;">Luiz Mauro - GO</span>, artista premiado.<br /><br />O 1º Salão de Arte Contemporânea do Centro-Oeste nasceu da indagação: qual a cara ou quais as caras da arte contemporânea realizada no Centro-Oeste? Perguntas difíceis de serem respondidas, porque faltam elementos que permitam a visão da identidade desta produção. Entretanto, baseado nas minhas investigações dentro deste território, lanço como prerrogativa a questão da multiplicidade da produção no que se refere aos meios técnicos e materiais, ao uso de suportes e de linguagens e ao repertório poético desenvolvido pelos jovens produtores em cada uma das unidades da Região. No Distrito Federal, apesar dos muitos caminhos existentes, destacam-se tanto o recurso aos meios tecnológicos, como o vídeo, quanto o recurso às linguagens tradicionais do desenho e da pintura, sejam figurativa ou abstrata. Em Mato Grosso a linguagem dominante é a pintura que prossegue em criações de cores ensolaradas que citam a exuberância da natureza e da cultura local. Em Mato Grosso do Sul sem uma identidade tão marcada quanto no Mato Grosso, a produção busca estruturar seu campo de trabalho incorporando influências externas e buscando suportes e linguagens mais atuais. <br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNuPJ0QWXc60LDN19sdUcDOWV80kbna-wuVgaPxjjAigcKCTcx8gJ9kiSTlsOfazjUaPwwF3tAC6CUoy2ZdNSBHi_DN5LOgbDHe3LI4TSVV4ZbVX7CQJVjcpz6m8MxxiQK6wbUMUZlp99Z/s1600/Pit%25C3%25A1goras+I.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 226px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNuPJ0QWXc60LDN19sdUcDOWV80kbna-wuVgaPxjjAigcKCTcx8gJ9kiSTlsOfazjUaPwwF3tAC6CUoy2ZdNSBHi_DN5LOgbDHe3LI4TSVV4ZbVX7CQJVjcpz6m8MxxiQK6wbUMUZlp99Z/s320/Pit%25C3%25A1goras+I.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5602946717635988882" /></a><span style="font-weight:bold;">Pitágoras Lopes - GO</span>, artista premiado.<br /><br />Em Goiás a pintura e o desenho convivem com outras técnicas de natureza experimental e as poéticas se voltam para o indivíduo e seus conflitos com o mundo. Enfim, são muitas as caras da produção contemporânea do Centro-Oeste brasileiro, o que torna complexa a leitura e a interpretação das obras sem a compreensão dos contextos históricos, sociais e econômicos em que foram produzidas estas especificidades artísticas.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoxnaypS4OGjw3KwbTqaYDpF-d58-lQtpCUvGGgKJ2wEq9MNB1Dlspb04WfLlAycyAqwZXqZSCUoT5-Tu5ubRRAWzPnpn4xKKCR4Jjt1uXiFxfmeFp95xQ96nxsgNomqWGFnvXqHIXyLvt/s1600/Joao+Angelini+e+Andre+Valente.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 214px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoxnaypS4OGjw3KwbTqaYDpF-d58-lQtpCUvGGgKJ2wEq9MNB1Dlspb04WfLlAycyAqwZXqZSCUoT5-Tu5ubRRAWzPnpn4xKKCR4Jjt1uXiFxfmeFp95xQ96nxsgNomqWGFnvXqHIXyLvt/s320/Joao+Angelini+e+Andre+Valente.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5602958621881328194" /></a><span style="font-weight:bold;">João Angelini e André Valente - DF</span>, artistas premiados.<br /><br />Os 20 artistas selecionados e a radiografia do presente<br />O volume de 277 artistas inscritos no 1º Salão de Arte Contemporânea do Centro-Oeste, demonstra a necessidade de ações que visem prestigiar e subsidiar a produção artística da Região. Dentro deste conjunto destaca-se em número de propostas a categoria pintura seguida pela fotografia, e observa-se também que a linguagem videográfica anda sendo mais explorada, enquanto a categoria escultura tem pouquíssimos representantes. Os apontamentos do Salão fornecem elementos para a compreensão dos rumos tomados pela produção artística do Centro-Oeste no começo do Século XXI.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh24fSvVBwwTcnDJq4EbLqa7OOdyuLm6r8yiXzn1u5TL-sox6nwynjczGifNzswSp3oWRmjI2Kt6j4m9T2akcjES9G76TzMotd9DGQt7zMTvxm9K_X3INwnPjkMEMcjZ1wGy9uzXyffFNI-/s1600/Anna+Bheatriz.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 214px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh24fSvVBwwTcnDJq4EbLqa7OOdyuLm6r8yiXzn1u5TL-sox6nwynjczGifNzswSp3oWRmjI2Kt6j4m9T2akcjES9G76TzMotd9DGQt7zMTvxm9K_X3INwnPjkMEMcjZ1wGy9uzXyffFNI-/s320/Anna+Bheatriz.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5602959147083506850" /></a><span style="font-weight:bold;">Anna Bheatriz - GO</span>, artista premiada.<br /><br />A Comissão de Seleção – formada por Cayo Honorato (SP), Daniela Labra (RJ), Gilmar Camilo GO), Marília Panitz (DF) e Rafael Maldonado (MS) – selecionou vinte artistas entre os inscritos na concorrência, corporificando um extrato revelador das questões e tendências investigadas pelos artistas contemporâneos, mostrando uma radiografia do presente por meio das obras dos jovens produtores do Centro-Oeste.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgG6Z0ZRAlGB5Fy4t9Zy3Id15fN39RtY14bMnnP1b1cBJQ7bScnAmxuajMKunXh3Bc3AKiYAPWoRwTYtgk9-WJQ2lZfWk4UdKACY4iROOzJdVDmkzRlTfM4111dauwJQ9iR6UlOABYmm9Ya/s1600/Comiss%25C3%25A3o+de+Sele%25C3%25A7%25C3%25A3o.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgG6Z0ZRAlGB5Fy4t9Zy3Id15fN39RtY14bMnnP1b1cBJQ7bScnAmxuajMKunXh3Bc3AKiYAPWoRwTYtgk9-WJQ2lZfWk4UdKACY4iROOzJdVDmkzRlTfM4111dauwJQ9iR6UlOABYmm9Ya/s320/Comiss%25C3%25A3o+de+Sele%25C3%25A7%25C3%25A3o.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5603003384074953714" /></a><span style="font-weight:bold;">Comissão de Seleção: Rafael Maldonado-MS, Carlos Sena-Curador, Marília Panitz-DF, Cayo Honorato-SP, Daniela Labra-RJ e Gilmar Camilo-GO.</span><br /><br />A Comissão de Premiação – formada por Aguinaldo Coelho (GO), Celso Fioravante (SP), Felipe Scovino (RJ) e Wagner Barja (DF) premiou quatro propostas entre as vinte selecionadas, contemplando os seguintes artistas: Pitágoras Lopes-GO, Luiz Mauro-GO, João Angelini e André Valente-DF e Anna Bheatriz-GO.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7hftdeNRDxlYfm5rbK3fo8OBgvtayjVOAaIFJIdkYXS5qcCP1P4ORb4ZtGs_57FUm-cTK9-5knz1JfENuvLqj-2aT6PFlYlBNOiVTBwYXv_c83Aqn5t4YT8NuBNy-Zh99fGJU8rMlfw13/s1600/foto1.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 235px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7hftdeNRDxlYfm5rbK3fo8OBgvtayjVOAaIFJIdkYXS5qcCP1P4ORb4ZtGs_57FUm-cTK9-5knz1JfENuvLqj-2aT6PFlYlBNOiVTBwYXv_c83Aqn5t4YT8NuBNy-Zh99fGJU8rMlfw13/s320/foto1.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5603003723321332370" /></a><span style="font-weight:bold;">Comissão de premiação: Aguinaldo Coelho-GO, Celso Fioravante-SP, Carlos Sena-Curador, Wagner Barja-DF e Felipe Scovino-RJ.<br /></span><br /><span style="font-weight:bold;">Artistas homenageados</span><br /><br />O formato do Salão é renovado com a apresentação de quatro artistas homenageados pela importância de suas trajetórias e de suas contribuições durante décadas de trabalho: Humberto Espíndola do Mato Grosso do Sul, Adir Sodré do Mato Grosso, Edney Antunes de Goiás e Elder Rocha do Distrito Federal. Estes artistas são escolhidos pela curadoria e premiados em reconhecimento ao valor de suas obras para a construção da História da Arte no Centro-Oeste brasileiro, e seus trabalhos passam a integrar o acervo do Centro Cultural UFG.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAbHbq7K-bqSINrb_xj0IMt2E6eSJ5DJLFeiFxXCXVqvQMKPAeGl_s32JQPH3snoeuYXlzXUHgSDZD6zHIIveQ-byIVWZUSCw7xyPONvxkfa_0ysCNAhPj0d1U7Up5D5xLWVyyirqEUlKG/s1600/Humberto+Esp%25C3%25ADndola+II.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 280px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAbHbq7K-bqSINrb_xj0IMt2E6eSJ5DJLFeiFxXCXVqvQMKPAeGl_s32JQPH3snoeuYXlzXUHgSDZD6zHIIveQ-byIVWZUSCw7xyPONvxkfa_0ysCNAhPj0d1U7Up5D5xLWVyyirqEUlKG/s320/Humberto+Esp%25C3%25ADndola+II.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5602943820744793634" /></a><br /><span style="font-weight:bold;">Humberto Espíndola - MS</span>, artista homenageado.<br /><br />Com sua poética da Bovinocultura, Humberto Espíndola foi o primeiro artista do Centro-Oeste a se destacar no cenário da arte contemporânea brasileira. Um dos fundadores da arte contemporânea na região, ele foi pioneiro no uso de novos suportes e na criação de instalações e de objetos. Nascido em Campo Grande, onde iniciou sua trajetória, formou-se em jornalismo em Londrina e depois residiu em Cuiabá, onde fez grandes contribuições para o circuito de arte local, como a criação do Museu de Arte e Cultura Popular da Universidade Federal do Mato Grosso. Depois retornou novamente a Campo Grande e veio a assumir a Secretaria Estadual de Cultura e também a Diretoria do Museu de Arte Contemporânea do Mato Grosso do Sul. Os papéis de artista, gestor e ativista cultural se mesclaram na trajetória de Humberto Espíndola.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKysvpzyNpcRr8NDFcmz3LBzGk-TuaP_gu6SAtWn4Z9ZOWUSZtwUeDr3uimKJZv3uRJy5y5MvBHGfghEwl1xGFbHZVKEtne4sN7eAtZDAsfU4fMIF5WRacHwhy6F4wX-BGO4iOrjhAX-x3/s1600/Humberto+Espindola-1.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 265px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKysvpzyNpcRr8NDFcmz3LBzGk-TuaP_gu6SAtWn4Z9ZOWUSZtwUeDr3uimKJZv3uRJy5y5MvBHGfghEwl1xGFbHZVKEtne4sN7eAtZDAsfU4fMIF5WRacHwhy6F4wX-BGO4iOrjhAX-x3/s320/Humberto+Espindola-1.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5603004379825951634" /></a><span style="font-weight:bold;">Humberto Espíndola - MS</span>, artista homenageado.<br /><br />A obra de Espíndola premiada pelo salão é significativa e pertence a uma das fases mais importantes do artista; integra a série “Confinamentos” (1972), datada do ano que participou da Bienal de Veneza, na Itália, e da Bienal de Medelim, na Colômbia. O trabalho é um objeto elaborado com couro do boi marcado com sinais de propriedades, crachá de premiação e arame farpado soldado a uma moldura de ferro, é uma obra que traduz a extensão da pesquisa de Humberto Espíndola sobre a Bovinocultura. Para acompanhar esta obra, Espíndola doou ao CCUFG outra obra intitulada “O Banho da Ninfa”, datada de 1995, e que é sua última pintura executada com tinta a óleo. A pintura apresenta figuras antropozoomorficas e revela ligações com a mitologia e com o erotismo.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilP9Kaz9WwRbAcBa1zfAvlbfYg3AO0gFSyg-8nWQ-xSIlNJB92SLPoLmrIp-ubCiDhOtZDFBcRRDaviKtIxdZr8Vr0wghKjne4rgfTLZgVY0Cj1PGe-dCjfZjY4z2OcJz2Eo6Q_XVxroWW/s1600/Adir+Sodr%25C3%25A9.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 247px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilP9Kaz9WwRbAcBa1zfAvlbfYg3AO0gFSyg-8nWQ-xSIlNJB92SLPoLmrIp-ubCiDhOtZDFBcRRDaviKtIxdZr8Vr0wghKjne4rgfTLZgVY0Cj1PGe-dCjfZjY4z2OcJz2Eo6Q_XVxroWW/s320/Adir+Sodr%25C3%25A9.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5602944671642877778" /></a><span style="font-weight:bold;">Adir Sodré - MT</span>, artista homenageado.<br /><br />Adir Sodré pertence à segunda geração de artistas formada em Cuiabá no final dos anos 70 por meio do trabalho desenvolvido dentro do Ateliê Livre da Fundação Cultural de Mato Grosso. Nascido em Rondonópolis, mas vivendo na capital matogrossense, o artista iniciou seus estudos de pintura aos 14 anos de idade, e chegou ao posto de significativo expoente da conhecida Geração 80 Brasileira. A obra de Adir Sodré rompeu a fronteira do Mato Grosso participando de importantes exposições coletivas e realizando mostras individuais em galerias no eixo Rio/São Paulo e fora do Brasil. A linguagem pessoal do trabalho de Sodré se destacou por fazer uma mescla entre aspectos das culturas regional, como a paisagem cheia de frutas exóticas, com personalidades da cultura brasileira como o museólogo Pietro Maria Bardi, e com personalidades da cena internacional como a cantora Nina Hagen e a transformista Divine. Adir se destacou ao realizar cruzamentos entre elementos provenientes das esferas plásticas erudita, popular e de massa, e por mostrar um erotismo fora do comum que domina todas as formas da natureza.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEig45TV4Segd-FgY4jjd5hUE-xCjndJzj-KKv8FddiDhP3OTJVyiq1IdpkQHdzgoSIquN-Cl4IwFNyrmPIhCoYuPBnZQT7w9On2BNbnvG_2R38T1IQyINv8fpBruDlhaAzZj6lKqQdltZTf/s1600/022.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEig45TV4Segd-FgY4jjd5hUE-xCjndJzj-KKv8FddiDhP3OTJVyiq1IdpkQHdzgoSIquN-Cl4IwFNyrmPIhCoYuPBnZQT7w9On2BNbnvG_2R38T1IQyINv8fpBruDlhaAzZj6lKqQdltZTf/s320/022.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5603014995098766162" /></a><span style="font-weight:bold;">Obras de: Adir Sodré e Elder Rocha.</span><br /><br />A obra de Adir Sodré premiada pelo Salão é uma pintura de grande formato intitulada “Duas Japas na Amazônia e o Pintor do Mato” (2008), e na qual o artista dispensa o uso de chassis para estruturar o plano, apresentando simplesmente o tecido preso à parede (um procedimento típico dos anos 80). Nesta pintura o espaço é ocupado pelo desenho repleto de detalhes e de ornamentos, pelo colorido iluminado da natureza exuberante; Sodré alia História da Arte e paisagem cabocla, fazendo referência às gravuras japonesas que foram tão influentes sobre o impressionismo, além de colocar seu auto-retrato na cena, flutuando como um anjo pintor.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinToHlezZnubBrmHSi_gHuoPQmJ3Dp0COMzL7gv-8-L5xwMwsqQQJGWGUbVHc-JpEgICYXfBEtiyUEI6XJFWk6eHEHGK9EksRmalOU3qcH60fx108YjaUBrCUrAG0lNXg8RpGpBmjfny_3/s1600/Edney+Antunes.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinToHlezZnubBrmHSi_gHuoPQmJ3Dp0COMzL7gv-8-L5xwMwsqQQJGWGUbVHc-JpEgICYXfBEtiyUEI6XJFWk6eHEHGK9EksRmalOU3qcH60fx108YjaUBrCUrAG0lNXg8RpGpBmjfny_3/s320/Edney+Antunes.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5602945121011428434" /></a><span style="font-weight:bold;">Edney Antunes - GO</span>, artista homenageado.<br /><br />O artista goianiense Edney Antunes possui uma trajetória iniciada por volta de meados dos anos 80, e como os artistas goianos de sua geração formou-se fora das escolas de arte e dentro do processo do autodidatismo. Desde o início foi marcado pela inquietação que o levava a pesquisar suportes e linguagens para seu trabalho. Integrou o Grupo Pincel Atônico que foi pioneiro na utilização das técnicas de grafite para realizar obras expostas em galeria ou em intervenção na paisagem de Goiânia. Ao longo de décadas de trabalho Antunes investigou materiais orgânicos e industriais; passou da pintura ao objeto e à instalação; criou obras de conteúdo político ou de cunho social; apropriou-se de imagens da mídia e tratou de temas como problemas da infância, violência, religião, medo, marginalidade social, biotecnologia, etc; operou com estratégias de participação e interação do espectador para completar o sentido da obra. Edney Antunes com suas instalações conquistou premiações em salões realizados em Goiás e noutros Estados.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinNv22HAaYc8EVsMOLmTFcfsqVaoLezxKBgCyxsTzb_q6rSLvBATxNoOpJ6hlrkldNbEmsrdzuZPJU6aJh6JIL-IGAZokQmzzLLlTBZ2Gf9zQ2jEer-9dYYREgP25mmDr9bHQzen3_KHtK/s1600/012.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinNv22HAaYc8EVsMOLmTFcfsqVaoLezxKBgCyxsTzb_q6rSLvBATxNoOpJ6hlrkldNbEmsrdzuZPJU6aJh6JIL-IGAZokQmzzLLlTBZ2Gf9zQ2jEer-9dYYREgP25mmDr9bHQzen3_KHtK/s320/012.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5603013613471465730" /></a><span style="font-weight:bold;">Obras de: Humberto Espíndola, Pitágoras Lopes e Edney Antunes.<br /></span><br />A obra de Antunes premiada pelo Salão é a instalação “ Neo-ready-made Bio-tecnológico” (2000), mostrada primeiramente no VII Salão da Bahia (2000-01). Nesta obra o artista condensa questões que estavam sendo debatidas na época de sua produção, na passagem do Século XX ao XXI, tais como a manipulação genética, clonagem e alteração do corpo. Antunes cita o ready made de Marcel Duchamp, apropriando-se de fotografias retiradas de revistas para serem multiplicadas e exibidas em caixas de luz, ao lado de espelhos de camarins contornados de lâmpadas acesas, que convidam o espectador a se olhar e se colocar em situação semelhante a da ovelha Dolly e de Michael Jackson; a obra funciona como um aparelho que carimba o espectador e aciona visibilidades pela captação especular e pela luminosidade que emana de si mesma.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhN89_zGm5zEcqdbK48V68v3c3vKRLj_lvepzwHyJdXpF3un-V205m_-vxCEwOP74p11lPFHuDL6crSGqXjg77viPK_a6ZE83Ruo1D4IZUuBBjltWBhv6uRYC0CngOE-vuskKE99my9RhVC/s1600/Elder+Rocha+-+DF.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 242px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhN89_zGm5zEcqdbK48V68v3c3vKRLj_lvepzwHyJdXpF3un-V205m_-vxCEwOP74p11lPFHuDL6crSGqXjg77viPK_a6ZE83Ruo1D4IZUuBBjltWBhv6uRYC0CngOE-vuskKE99my9RhVC/s320/Elder+Rocha+-+DF.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5602945398523944594" /></a><span style="font-weight:bold;">Elder Rocha - DF</span>, artista homenageado. <br /><br />Nascido em Goiânia, mas residindo em Brasília desde onze anos de idade, o pintor e desenhista Elder Rocha formou-se pela UnB e depois fez mestrado em Londres com bolsa do British Council. De retorno ao Brasil, tornou-se professor formador de novas gerações de artistas na UnB, e desde os anos 80 é um dos mais destacados artistas de Brasília. Suas pinturas oitentistas eram carregadas materialmente e exacerbavam a função do gesto no embate entre o corpo do artista e a pintura que se constituía, porém, mais recentemente ele vem realizando obras empregando imagens ready-mades, extraídas de antigas ilustrações e portadoras de nostalgia, para abordar a crise do olhar provocada pelo excesso de imagens na atualidade. Elder enfatiza a materialidade e a planaridade da tela deslocando-a da condição de simples suporte para a situação de apresentação do campo bidimensional em si, e dessa maneira atualiza o uso do suporte anteriormente tantas vezes colocado em crise.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNYuDhTrTn0J0osNQOD2VMBIJ6Pb2IgdjJw1VGoAwKA2ot5uqJdZZl6wtu-M54_NKcM9MsJZtMrwASBU7D3BbNXP6TJfboNxX4gCPYBLoIbCJTlS991yHxZ3GALUme6vD4CM51Q9sAf3aK/s1600/DSC_0701.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNYuDhTrTn0J0osNQOD2VMBIJ6Pb2IgdjJw1VGoAwKA2ot5uqJdZZl6wtu-M54_NKcM9MsJZtMrwASBU7D3BbNXP6TJfboNxX4gCPYBLoIbCJTlS991yHxZ3GALUme6vD4CM51Q9sAf3aK/s320/DSC_0701.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5603012375998055682" /></a><span style="font-weight:bold;">Elder Rocha-DF.</span><br /><br />A obra de Elder Rocha premiada pelo Salão é uma pintura intitulada “Justaposição Polar” (2008), e que foi exibida na exposição individual homônima realizada no Centro Cultural Banco do Brasil, Brasília (2009). A obra de esmerada fatura técnica é uma mistura de desenho e pintura, e representa um homem com faixas amarradas na cabeça e no queixo como se tratasse suas muitas dores, tendo os olhos adoentados, secretando pruridos, sangrando; é uma metáfora dos olhos que de tanto ver ficam cegos pela extrema exposição, situação da contemporaneidade que por estar mergulhada num universo visual ilimitado e em processo de multiplicação, acaba por não mais perceber o que os olhos tocam.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">O salão e o acervo do CCUFG</span><br /><br /> Com o 1º Salão de Arte Contemporânea do Centro-Oeste obras de oito artistas (quatro homenageados e quatro premiados) passam a integrar o acervo do Centro Cultural UFG. São aquisições importantes para o acervo, pois introduzem na coleção peças de artistas ainda não representados, ou enriquecem a representação de artistas com outras obras no acervo. O formato dado ao Salão unindo artistas referenciais a artistas emergentes, enlaçando o conhecido e o porvir, visa demonstrar como a História da Arte é uma construção coletiva de artistas de diversas épocas que apostam no futuro e renovam as linguagens e os repertórios. O desafio de um acervo de arte contemporânea (como é a vocação do nosso) é acompanhar este processo de renovação, do qual o Salão é o próprio laboratório.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Carlos Sena Passos</span><br />Curador do 1º Salão de Arte Contemporânea do Centro-Oeste, Diretor do Centro Cultural UFG, Professor de História da Arte na Faculdade de Artes Visuais da UFG.Carlos Sena Passoshttp://www.blogger.com/profile/09454512078196286029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5525184122199900478.post-61155501705943479222011-02-27T13:42:00.001-08:002011-02-27T13:56:07.044-08:00Prêmio CNI SESI Marcantonio Vilaça de Artes Plásticas 2009/2010<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgl8sVOTBA9cgniO4agxM2PhJiSwgGAA2clAuUtHILucZKtgj0X9OcCU9BcDQDH5_qLeKD_DdZdzo6_rmgHqO_bAsTknmt8QL0Q_lFsC2-5vQuaW0j3lX_9ZU22Dncnes6nXutMPJCp2XBY/s1600/DSC_0679.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 219px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgl8sVOTBA9cgniO4agxM2PhJiSwgGAA2clAuUtHILucZKtgj0X9OcCU9BcDQDH5_qLeKD_DdZdzo6_rmgHqO_bAsTknmt8QL0Q_lFsC2-5vQuaW0j3lX_9ZU22Dncnes6nXutMPJCp2XBY/s320/DSC_0679.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5578488368724080418" /></a><br /><br /><span style="font-weight:bold;">O Centro Cultural UF</span>G, setor da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal de Goiás, tem o prazer de apresentar ao público goiano o <span style="font-weight:bold;">Prêmio CNI SESI Marcantonio Vilaça de Artes Plásticas 2009/2010</span>, mostra que reúne obras de cinco artistas representativos das inquietações da arte contemporânea brasileira: Armando Queiroz, Eduardo Berliner, Henrique Oliveira, Rosana Ricalde e Yuri Firmeza. A exposição apresenta trabalhos de força plástica, intensidade poética e inteligência conceitual, que provocam o olhar e o raciocínio do público.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGfa6o8iXqvhW9SSTKN4lsw8GN8hbTDAK5mgRLSqzqKfyJR3H9nmwD6folPGIwXxEuv2c93Dj9TRwO1ETjCkl0jX15eG-e6_NOAOkiWdVqqZ9DjeA4w6TRpj9OFWAysnShTtnckjwEtmS_/s1600/DSC_0685.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGfa6o8iXqvhW9SSTKN4lsw8GN8hbTDAK5mgRLSqzqKfyJR3H9nmwD6folPGIwXxEuv2c93Dj9TRwO1ETjCkl0jX15eG-e6_NOAOkiWdVqqZ9DjeA4w6TRpj9OFWAysnShTtnckjwEtmS_/s320/DSC_0685.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5578488733819405986" /></a><br /><br />O Prêmio evoca a memória de <span style="font-weight:bold;">Marcantonio Vilaça</span>, o galerista apaixonado e engajado na difusão da arte contemporânea brasileira e que tanto trabalhou para a sua inserção no circuito internacional. O trabalho de Marcantonio Vilaça abriu espaços, ultrapassou fronteiras e apostou no novo, por isto é chamado a tutelar os novos talentos da produção nacional.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiB0W_4KEt9kcHO5s96UwbqX12Xo-eZOVZ3LCcwCzOnY67_Rs0SHW5XKnCZCl2DPt3xIlfMXWRefLDYuQO0Kowbgi_TWQkNsEFhzg1MZdYy1CrpwTbKjFhycNmVu_A4AuFDIaD1yislThyw/s1600/DSC_0661.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiB0W_4KEt9kcHO5s96UwbqX12Xo-eZOVZ3LCcwCzOnY67_Rs0SHW5XKnCZCl2DPt3xIlfMXWRefLDYuQO0Kowbgi_TWQkNsEFhzg1MZdYy1CrpwTbKjFhycNmVu_A4AuFDIaD1yislThyw/s320/DSC_0661.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5578489144135230498" /></a><br /><br />A realização do Prêmio CNI SESI Marcantonio Vilaça de Artes Plásticas no Centro Cultural UFG reafirma a vocação desta casa, no sentido de promover o diálogo com a arte brasileira, de atualizar as questões artísticas junto ao meio de arte local, de formar público para a produção de arte contemporânea, e de democratizar o acesso aos bens culturais por meio tanto da exposição quanto do programa de ação educativa. Além disto, as ações do Prêmio CNI SESI Marcantonio Vilaça de Artes Plásticas são importantes em contextos fora do eixo Rio-São Paulo, como Goiânia, pois inserem parâmetros de qualidade técnica que ajudam a aprimorar o trabalho dos profissionais locais e a sofisticar o olhar do público.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6CfSO5zxnQzgOnjKGgRVEbrjbfE0MhFzTKUiWMwsED8uHgIK1_COBXM_FM_JCSrKzuLzqUT0duFJ1K8D0zlb2i6-sXp9P-SkQik-L16NTvW3L_kQ5YZ9svg2rxrmS1yDWrBYf8Iu4SPWN/s1600/DSC_0666.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6CfSO5zxnQzgOnjKGgRVEbrjbfE0MhFzTKUiWMwsED8uHgIK1_COBXM_FM_JCSrKzuLzqUT0duFJ1K8D0zlb2i6-sXp9P-SkQik-L16NTvW3L_kQ5YZ9svg2rxrmS1yDWrBYf8Iu4SPWN/s320/DSC_0666.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5578489653861360962" /></a><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheCLxSlBu1U3rk3dAzPxVBeCwczUSJB8ntXsfMS_BS3ZHa-thw3K9iy-oSmaFw18KtFRLssg6njYKIpRSPLFduWs-7Zn9RUYxQt8ZrQuBnfefWfB26sbeC2rKvCj5erm-udLdn-KIo2Zs0/s1600/DSC_0650.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheCLxSlBu1U3rk3dAzPxVBeCwczUSJB8ntXsfMS_BS3ZHa-thw3K9iy-oSmaFw18KtFRLssg6njYKIpRSPLFduWs-7Zn9RUYxQt8ZrQuBnfefWfB26sbeC2rKvCj5erm-udLdn-KIo2Zs0/s320/DSC_0650.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5578489894492034642" /></a><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH_-hNlzv8g4gG_3D6XBKp4tbx1ALwHHPvOh5sj38tIPs8fErUz5ZHZQ9mxmpQv5Ce2ZHIYyuAqV7Hp0zBWYgaKhewaRyTR-GJBzrkpQJehXbenilsAKEPmmHwHJtDcA6b_35UGbBmVDrJ/s1600/DSC_0687.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH_-hNlzv8g4gG_3D6XBKp4tbx1ALwHHPvOh5sj38tIPs8fErUz5ZHZQ9mxmpQv5Ce2ZHIYyuAqV7Hp0zBWYgaKhewaRyTR-GJBzrkpQJehXbenilsAKEPmmHwHJtDcA6b_35UGbBmVDrJ/s320/DSC_0687.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5578490190580278642" /></a><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIg8615HjvAAt15w2mdZ4nDRns80FQte5h8h5GBReXt8SRk7HHi1nUGUHFCn9Er1Q43ZGmp0X4LC-aBjZKnqtZNABq0ndaV09U7WGQsJWKhERURAodk741ieXmnxVcHl3jHcrdkARp_MFg/s1600/DSC_0692.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIg8615HjvAAt15w2mdZ4nDRns80FQte5h8h5GBReXt8SRk7HHi1nUGUHFCn9Er1Q43ZGmp0X4LC-aBjZKnqtZNABq0ndaV09U7WGQsJWKhERURAodk741ieXmnxVcHl3jHcrdkARp_MFg/s320/DSC_0692.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5578490430539528434" /></a><br /><br /><span style="font-weight:bold;">Carlos Sena Passos</span><br />Diretor Centro Cultural UFGCarlos Sena Passoshttp://www.blogger.com/profile/09454512078196286029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5525184122199900478.post-66052314932127807712011-01-26T09:15:00.000-08:002011-01-26T09:16:01.030-08:00Iº Salão de Arte Contemporânea do Centro-Oeste<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghUcT6lPA1ijItdNhPbMBt4oUdtHbT1hhqCy4UMGutImQfqCl6UgSsUGVGqcXNJlwNkqf_woX6MBceQgq5fAFhuZMdhnM2kjxmdFDqTzkdCj2YHiGjrdLP7d88WUZn-8-CS_H9svlvVH1M/s1600/banner1a.png"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 218px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghUcT6lPA1ijItdNhPbMBt4oUdtHbT1hhqCy4UMGutImQfqCl6UgSsUGVGqcXNJlwNkqf_woX6MBceQgq5fAFhuZMdhnM2kjxmdFDqTzkdCj2YHiGjrdLP7d88WUZn-8-CS_H9svlvVH1M/s320/banner1a.png" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5563637820111056642" /></a><br /><span style="font-weight:bold;">REGULAMENTO</span> <br /><br /><span style="font-weight:bold;">1</span>.<span style="font-weight:bold;"> DA PARTICIPAÇÃO</span> <br />1.1 Realização do Ministério da Cultura e da Funarte, o 1º Salão de Arte Contemporânea do Centro-Oeste será sediado em Goiânia, nas galerias do Centro Cultural UFG, setor da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFG, no período de 28 de abril a 30 de junho de 2011, e é aberto à participação de artistas brasileiros e estrangeiros legalmente residentes há mais de três anos, e fixados nas unidades da região Centro-Oeste: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">2</span>. <span style="font-weight:bold;">DA INSCRIÇÃO </span><br />2.1 As inscrições são gratuitas e serão realizadas no período de 15 de janeiro a 28 de fevereiro de 2011. <br />2.2 Cada artista terá direito a 1 (uma) inscrição em 1 (uma) categoria (desenho, pintura, gravura, escultura, objeto, instalação, fotografia, vídeo-arte e performance), podendo, no entanto, participar de 1 (um) trabalho coletivo em outra categoria. Poderão ser inscritos até 3 (três) trabalhos, cabendo à Comissão de Seleção determinar quais deverão participar da mostra. Dípticos, trípticos e polípticos serão sempre considerados trabalhos únicos. Para inscrição em instalação, performance e vídeo-arte serão aceitos até 2 (dois) trabalhos. <br />2.3 A inscrição será feita em ficha própria ou fotocópia acompanhada de Projeto. É imprescindível o completo preenchimento da mesma, de forma legível. Só serão aceitas fichas de inscrição assinadas pelo próprio artista ou sob procuração lavrada em cartório. <br />2.4 O Projeto, que deverá ser apresentado no formato A4 (21x29,7 cm), deverá conter currículo artístico, fotografias (entre 18x24 e 20x25 cm) dos trabalhos a serem apresentados e, não obrigatoriamente, texto sobre os mesmos (máximo de uma lauda). Todas as fotos deverão estar identificadas com os seguintes dados: nome do artista, título e ano de execução da obra, material e técnica utilizados, dimensões da obra em centímetros (altura x largura x profundidade). Não serão aceitos slides ou fotocópias. Para as inscrições nas categorias vídeo-arte e performance só serão aceitos vídeos no formato DVD ou em gravação compatível com o sistema windows. Não serão aceitos trabalhos no ato da inscrição.<br />2.5 As inscrições deverão ser entregues diretamente na Secretaria do Salão no Centro Cultural UFG, na Praça Universitária, Goiânia, ou remetidas pelos sistemas expressos de postagem (como SEDEX, etc.) para Salão de Arte Contemporânea do Centro-Oeste, Centro Cultural UFG, Av. Universitária, 1533. Setor Universitário, Goiânia / GO. 74001-970. As inscrições remetidas por correio deverão vir registradas. Só serão aceitas inscrições com data de postagem até o dia 28 de fevereiro de 2011. Os projetos inscritos no Salão de Arte Contemporânea do Centro-Oeste não serão devolvidos.<br />Centro Cultural UFG: Av. Universitária, 1533. Setor Universitário, Goiânia-GO. 74001-970. Tel: (62) 3209-6251<br />2.6 Só serão aceitas inscrições de trabalhos inéditos. Serão automaticamente desclassificados os trabalhos que tenham participado ou venham a participar de outra mostra até o término do Salão de Arte Contemporânea do Centro-Oeste. <br />2.7 Para trabalhos realizados em grupo, um único representante deverá assinar a ficha de inscrição e representar o grupo no caso de seleção e/ou premiação, devendo constar em anexo os nomes dos demais integrantes com os respectivos currículos. <br />2.8 O artista disporá das seguintes medidas máximas para apresentação dos trabalhos: Trabalhos bidimensionais: 3 metros de largura por 3 de altura válidos para o conjunto dos três trabalhos. Trabalhos tridimensionais: 3 metros de largura, por 3 metros de profundidade por 3 metros de altura, válidos para o conjunto dos três trabalhos. Instalações – 9 metros² de área. Instalações de parede – 3 metros de largura por 3 metros de altura e 1,50 metro de profundidade. Trabalhos que excederem a essas especificações não serão aceitos. Não há dimensões mínimas. <br />2.9 Vídeos deverão ter no máximo 05 (cinco) minutos de duração, gravados em formato DVD, devendo ser repetidos até o final. Caso selecionado, o artista enviará obrigatoriamente 2 (duas) cópias do trabalho para apresentação. Performances deverão ter duração máxima de 15 (quinze) minutos. Todo e qualquer equipamento necessário para exibição da obra será de inteira responsabilidade do artista. <br />2.10 Nos projetos dos trabalhos em linguagem fotográfica deverá constar a natureza do material utilizado como suporte para a apresentação da imagem. <br />2.11 Não serão aceitos trabalhos realizados com materiais que prejudiquem a apresentação de outros e/ou comprometam a integridade física do local, das equipes do Salão e do público em geral. No caso de trabalhos realizados com materiais perecíveis e/ou adulteráveis, o Salão se exime de responsabilidades sobre a vida útil destes materiais. <br />2.12 A inscrição no Salão é vetada aos membros das Comissões de Seleção e Premiação, aos coordenadores do Salão, aos funcionários e alunos bolsistas vinculados ao Centro Cultural UFG e a PROEC/UFG. 2.13 A Curadoria do Salão rejeitará inscrições que não estejam de pleno acordo com os termos deste Regulamento. 2.14 O ato da inscrição implica na automática e plena concordância do inscrito com as normas deste regulamento.<br /> <br /><span style="font-weight:bold;">3. DA SELEÇÃO </span>3.1 Serão selecionados trabalhos de 20 (vinte) artistas para integrarem a mostra.<br />Centro Cultural UFG: Av. Universitária, 1533. Setor Universitário, Goiânia-GO. 74001-970. Tel: (62) 3209-6251<br />3.2 A seleção dos trabalhos será realizada em etapa única por uma Comissão convidada pela Curadoria do Salão, composta por 4 (quatro) membros mais o Curador, quando será lavrada a ata da sessão, onde estarão fundamentados os critérios adotados. 3.3 A seleção será executada sobre a análise dos projetos, através das fotos, maquetes, vídeos e textos neles constantes.<br />3.4 O resultado da seleção será divulgado por jornais locais do Estado de Goiás e pelo site www.proec.ufg.br/site/. Os artistas selecionados serão comunicados nos três primeiros dias úteis após a seleção via carta assinada pela Curadoria do Salão, despachada pelo correio e por e-mail. <br />3.5 No caso de desistência ou não localização de um selecionado no prazo de 5 (cinco) dias, a Curadoria examinará a possibilidade ou não de convocação de um 21º selecionado pela Comissão de Seleção para eventual caso de substituição. <br />3.6 O material de inscrição dos artistas selecionados não será devolvido. <br />3.7 Somente serão expostos os trabalhos selecionados, não sendo permitidas substituições ou modificações das mesmas após a seleção, exceto o previsto no inciso 3.5.<br /> <br /><span style="font-weight:bold;">4.</span> <span style="font-weight:bold;">DO TRANSPORTE</span> 4.1 Os artistas selecionados não residentes em Goiânia deverão enviar seus trabalhos por conta própria, acompanhados de nota fiscal avulsa (fornecida pela Secretaria da Fazenda de cada Estado) ao Centro Cultural UFG, CNPJ: 01567601/0001-43. Av. Universitária, 1533. Setor Universitário, Goiânia / GO. 74001-970. 4.2 A devolução dos trabalhos dos artistas selecionados, não residentes em Goiânia será de inteira responsabilidade dos mesmos. O artista deverá contactar, solicitar e custear a retirada das obras, como também informar à Curadoria do Salão o meio de transporte que fará a coleta (correios, empresas de transporte terrestre ou aéreo etc.), no prazo máximo de 30 (trinta) dias úteis após o encerramento do Salão. A não observância deste prazo acarretará a não devolução das obras. Neste caso, a Curadoria encaminhará as obras para o acervo da Instituição. 4.3 Recomendamos que os trabalhos selecionados sejam acondicionados em embalagens resistentes (caixa de madeira, tubo PVC ou similares), se necessário, com instruções para reembalagem anexadas, já que sua devolução será feita com reaproveitamento das mesmas embalagens. 4.4 Os artistas residentes em Goiânia terão 15 (quinze) dias úteis, após o encerramento do Salão, para retirarem seus trabalhos. A não observância deste prazo acarretará aos mesmos, despesas com o armazenamento, a conservação e a devolução por transportadora especializada (frete a cobrar).<br />Centro Cultural UFG: Av. Universitária, 1533. Setor Universitário, Goiânia-GO. 74001-970. Tel: (62) 3209-6251<br />4.5 O Centro Cultural UFG oferece espaço e condições adequadas para a mostra, entretanto, estará isento de quaisquer responsabilidades em caso de eventuais sinistros. <br /><br /><span style="font-weight:bold;">5. </span><span style="font-weight:bold;">DA MONTAGEM</span> 5.1 Caberá exclusivamente à Curadoria do Salão o conceito da montagem da mostra. <br />5.2 Os trabalhos selecionados serão montados pela equipe de montagem do Salão. <br />5.2.1 O artista selecionado arcará com quaisquer despesas de aluguel, compra e/ou reparos de equipamentos e materiais especiais necessários à apresentação de seu trabalho, sendo de sua total responsabilidade a produção e manutenção dos mesmos. 5.2.2 Trabalhos selecionados que exijam salas ou montagens especiais só serão exibidos de acordo com a disponibilidade técnica do espaço do Salão. <br />5.2.3 Trabalhos que eventualmente tenham sido danificados durante o transporte para o Salão, só serão expostos se houver tempo hábil para sua restauração e se a devida cobertura das despesas for efetuada pelo artista. <br />5.3 Os artistas selecionados na categoria performance arcarão com todas as suas despesas. Os horários de exibição serão acertados com a Curadoria. 5.4 Artistas que inscreverem instalações ou trabalhos que devam ser montados no local da exposição, deverão anexar ao seu Projeto especificações claras sobre a montagem. Estas poderão ser utilizadas, também, para reprodução em catálogo, em caso de seleção. Esse artista poderá, ainda, acompanhar a montagem de seu trabalho no local, em data a ser determinada pela Produção do Salão, desde que assuma todas as despesas. 5.5 Todos os 20 artistas selecionados receberão a importância de R$ 2.000,00 (dois mil reais), menos os impostos, a título de prêmio de participação, pagos até a data do encerramento da mostra.<br /> <br /><span style="font-weight:bold;">6.</span> <span style="font-weight:bold;">DA PREMIAÇÃO</span> <br />6.1 O Salão de Arte Contemporânea do Centro-Oeste conferirá 4 (quatro) Prêmios de Aquisição para 4 (quatro) artistas escolhidos entre os 20 (vinte) selecionados, no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) cada, menos os impostos, pagos até a data do encerramento da mostra.<br />Centro Cultural UFG: Av. Universitária, 1533. Setor Universitário, Goiânia-GO. 74001-970. Tel: (62) 3209-6251<br />6.2 A premiação será realizada por uma Comissão composta por 5 (cinco) membros mais o Curador, quando será lavrada a ata da sessão onde estarão fundamentados os critérios adotados. 6.3 O artista premiado receberá o prêmio em agência bancária, onde seja titular de conta corrente individual ou conjunta. 6.4 O conjunto dos trabalhos premiados será integralmente incorporado como propriedade inalienável ao Acervo Artístico da UFG com todo o equipamento e material que o compuserem e doado. 6.5 Os quatro (4) artistas premiados serão comunicados, nos 3 (três) primeiros dias úteis após a premiação, via carta assinada pela Curadoria do Salão, despachada pelo correio e por e-mail.<br />6.6 O resultado da premiação será divulgado pelo site www.proec.ufg.br/site/, e pela imprensa local e regional, no dia da abertura do Salão.<br /> <br /><span style="font-weight:bold;">7. </span><span style="font-weight:bold;">DAS PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS</span> <br />7.1 O Salão de Arte Contemporânea do Centro-Oeste convidará 4 (quatro) artistas, 1 (um) de cada Estado mais o Distrito Federal, para compor a exposição. <br />7.2 Os quatro artistas serão convidados pela Curadoria devido a importância de suas obras e a significação de suas carreiras para seus contextos de origem e para o cenário da arte brasileira. <br />7.3 As obras dos artistas convidados serão exibidas no conjunto dos artistas selecionados.<br /> <br /><span style="font-weight:bold;">8.</span> <span style="font-weight:bold;">DAS DISPOSIÇÕES GERAIS </span><br />8.1 Os trabalhos não poderão ser alterados ou retirados antes do encerramento do Salão. <br />8.2 A reprodução das imagens integral ou fracionária de todos os trabalhos selecionados poderá ser utilizada pelo Ministério da Cultura, pela Funarte e pelo Centro Cultural UFG como divulgação do Salão de Arte Contemporânea do Centro-Oeste em todo tipo de mídia falada, escrita e televisiva, na produção de CD ROOM e veiculação em WEBSITE, ilustração de camisetas, suvenires e produtos diversos promocionais do Salão. <br />8.3 As Comissões de Seleção e Premiação estarão vigentes desde sua formação até que sejam lavradas e assinadas as respectivas atas, quando serão automaticamente extintas. <br />8.4 As decisões das Comissões de Seleção e Premiação serão irretratáveis e irrecorríveis.<br />Centro Cultural UFG: Av. Universitária, 1533. Setor Universitário, Goiânia-GO. 74001-970. Tel: (62) 3209-6251<br />8.5 Ficará a cargo da Curadoria qualquer deliberação posterior à extinção das Comissões de Seleção e de Premiação. <br />8.6 Os casos omissos neste regulamento serão resolvidos exclusivamente pela Curadoria.<br />8.7Para dirimir eventuais dúvidas, consulte: Centro Cultural UFG (62)3209 6251 e www.proec.ufg.br/site/ I salão de arte contemporânea do centro oeste. <br /><br /><span style="font-weight:bold;">9.</span> <span style="font-weight:bold;">CALENDÁRIO DO SALÃO</span>: Inscrições: de 18 de janeiro a 28 de fevereiro de 2011. Seleção: 12 e 13 de março de 2011. Divulgação dos selecionados: 14 de março de 2011 Recepção das obras: de 15 a 25 de março de 2011. <br />Premiação: 02 de abril de 2011.<br /> <br /><span style="font-weight:bold;">Abertura da exposição: 28 de abril de 2011</span>.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Encerramento da exposição: 27 de junho de 2011</span>.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKT-nIRclpEm4wD35HMFM_DnnWD3vPmGC4Hbvlfn9eN6e5VNGw2R-DVSkswcaoWDV3O2KgxNshd9xJICWjigEGHRuKjDI3k2JMHJkgWZ3gnN2iUt0KLi4lSWILbFIcBYKBJS0E7mq2nrWS/s1600/banner2_salao-centroeste.png"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 215px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKT-nIRclpEm4wD35HMFM_DnnWD3vPmGC4Hbvlfn9eN6e5VNGw2R-DVSkswcaoWDV3O2KgxNshd9xJICWjigEGHRuKjDI3k2JMHJkgWZ3gnN2iUt0KLi4lSWILbFIcBYKBJS0E7mq2nrWS/s320/banner2_salao-centroeste.png" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5563640557928681554" /></a>Carlos Sena Passoshttp://www.blogger.com/profile/09454512078196286029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5525184122199900478.post-49773869189068096282010-12-04T11:57:00.000-08:002010-12-04T12:00:56.695-08:00Centro Cultural UFG<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqfGVDS9IGcPwPbkcDA2gr918gyNmjptWAvNzR45Xs-cVdajSpTEE8r3sWYy_ZQdgGTWT4SXll4T6wB8rZCfEL4gfbMd-KRjMXI8gSaxAmt315SmVmopgAokeDCojgQdmZ0poE2VX0B7Ni/s1600/DSC_0432.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqfGVDS9IGcPwPbkcDA2gr918gyNmjptWAvNzR45Xs-cVdajSpTEE8r3sWYy_ZQdgGTWT4SXll4T6wB8rZCfEL4gfbMd-KRjMXI8gSaxAmt315SmVmopgAokeDCojgQdmZ0poE2VX0B7Ni/s320/DSC_0432.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5546919487003316754" /></a><br /><br /><span style="font-weight:bold;">O Centro Cultural UFG</span>, setor da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal de Goiás, está situado no Campus 1 na Praça Universitária – região central de Goiânia, instalado numa área construída de 1.200m² e aparelhado para ser um centro referencial para desenvolvimento de projetos culturais.<br /><br />Indicado ao Prêmio ABCEM 2010, o projeto arquitetônico elaborado por Fernando Simon alia os aspectos funcional e estético, para permitir ampla utilização dos espaços expositivo e cênico de acordo com as necessidades das propostas contemporâneas. O edifício de aparência minimalista e sintética do Centro Cultural UFG revitaliza a paisagem da Praça Universitária e atrai os olhares para esse antigo pólo de produção cultural na cidade.<br /><br />O Centro Cultural UFG é compromissado com a promoção e a difusão da cultura, gerindo e apoiando projetos nas áreas de artes visuais, dança, literatura, música e teatro, articulando a conexão entre a produção artística, educação e sociedade, e desenhando uma política cultural inédita na UFG de democratização dos bens culturais, tornando-os acessíveis à comunidade acadêmica e à sociedade goianiense.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjP7MtvdeeXfWdPMbCHY1EH1qHKq3pXrbCybpxgdJHqz6CII9ov7V1-T6kZrBgXj76Rk2ill2nIjQLvYAsmP5E6wgF1s5V_QXyTB6RQL9IgNZmqxafdB-4uS6pP5iqcmxxupsw7bAoUqbt/s1600/DSC_0409.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjP7MtvdeeXfWdPMbCHY1EH1qHKq3pXrbCybpxgdJHqz6CII9ov7V1-T6kZrBgXj76Rk2ill2nIjQLvYAsmP5E6wgF1s5V_QXyTB6RQL9IgNZmqxafdB-4uS6pP5iqcmxxupsw7bAoUqbt/s320/DSC_0409.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5546904636035525458" /></a><br /><br />A programação do CCUFG pautada na excelência das propostas, é comprometida com a visibilidade da produção local e com intercâmbios diversos com instituições e produtores regionais, nacionais e internacionais, e também é dedicada à intensificação dos debates e das reflexões críticas sobre a produção artística contemporânea.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">O Centro Cultural UFG dispõe de:</span><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpF5ee0Ll6vSh63xKmT-0HLwPCPTKdscIWSu_38hpkOKQcoybrWQNY5afq_siqDqdHcYjZW3Dvi4ugWqUDxoiSUlNBIJovrDiMTaBJZTmfQS9PS1Pew5WeFE7KNTDJYt1PzQM8W8X7f2xr/s1600/DSC_0331.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpF5ee0Ll6vSh63xKmT-0HLwPCPTKdscIWSu_38hpkOKQcoybrWQNY5afq_siqDqdHcYjZW3Dvi4ugWqUDxoiSUlNBIJovrDiMTaBJZTmfQS9PS1Pew5WeFE7KNTDJYt1PzQM8W8X7f2xr/s320/DSC_0331.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5546901605808991426" /></a><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyf43ib5esA1dsUxKZRGGWbi8sYt4wKwAnK7VEwZErfbhAxTVa74uIu9aSOW4SvytdArJiWKPGkrjAD6XJ9YxMqTrSTVDVamWYJ9VpvR4czLybWh0JLHi7Xu96ur4-w_wHlDfUITnvnQFQ/s1600/DSC_0338.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyf43ib5esA1dsUxKZRGGWbi8sYt4wKwAnK7VEwZErfbhAxTVa74uIu9aSOW4SvytdArJiWKPGkrjAD6XJ9YxMqTrSTVDVamWYJ9VpvR4czLybWh0JLHi7Xu96ur4-w_wHlDfUITnvnQFQ/s320/DSC_0338.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5546902382609968194" /></a><br /><br />- Duas galerias com área total de 300m² e com pé direito de 6 ms; reserva técnica do acervo da UFG; núcleo de museologia, conservação e restauro; sala de ação educativa.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjm7FvCmKMMzjqx5VxBsQZwo2TeRlS0VD-pjmlkiORVjJccfknrCDTDtUJbHCvhdvGRIUoTVQr9drPqFaj4_rFheewhf8AdtD1QBRPt7iOd5pfxnqlRQuBG-UKT8ddIakDW0okxl-6QGP3j/s1600/DSC_0416.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjm7FvCmKMMzjqx5VxBsQZwo2TeRlS0VD-pjmlkiORVjJccfknrCDTDtUJbHCvhdvGRIUoTVQr9drPqFaj4_rFheewhf8AdtD1QBRPt7iOd5pfxnqlRQuBG-UKT8ddIakDW0okxl-6QGP3j/s320/DSC_0416.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5546905509848428562" /></a><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsY1L6AwyMb0TdQEygO-epiuzKZITbEksS83ckcFB4mXMISc4KdxR_hpZZvc4-1y35JPcBDui_BPNqcYkcHBoyZHfZCbS0nCSCXrFMTi5_oYcdFVhqtPNxMeXs9NoHhCyuHPWUZcaoWUag/s1600/DSC_0400.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsY1L6AwyMb0TdQEygO-epiuzKZITbEksS83ckcFB4mXMISc4KdxR_hpZZvc4-1y35JPcBDui_BPNqcYkcHBoyZHfZCbS0nCSCXrFMTi5_oYcdFVhqtPNxMeXs9NoHhCyuHPWUZcaoWUag/s320/DSC_0400.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5546903884709427810" /></a><br /><br />- O Setor de Artes Cênicas possui teatro com capacidade para 300 pessoas; sala de dança e camarins;<br />- Livraria UFG equipada como café e bazar;<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgr6uYZ7aiuBNN7rQxiWvi5u5KvEoweRt9A57sgxH5goE__iUIoSssX7o_EnVsYZwI8Yu61ef42rC9GVuBaW57q3ZqOJzIBAi5PWEvAe4Mnfzv-vs78XHVUrJDzsed4Kp-DP3Z2haj1D0nJ/s1600/DSC_0436.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgr6uYZ7aiuBNN7rQxiWvi5u5KvEoweRt9A57sgxH5goE__iUIoSssX7o_EnVsYZwI8Yu61ef42rC9GVuBaW57q3ZqOJzIBAi5PWEvAe4Mnfzv-vs78XHVUrJDzsed4Kp-DP3Z2haj1D0nJ/s320/DSC_0436.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5546900769087087090" /></a><br /><br />- Na área externa dispõe de pátio multiuso, estacionamento e jardim, onde está o busto de Colemar Natal e Silva, fundador e primeiro Reitor da UFG.<br /><br />Texto: Carlos Sena<br />Fotos: Paul SetubalCarlos Sena Passoshttp://www.blogger.com/profile/09454512078196286029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5525184122199900478.post-59218289414372289432010-07-04T12:19:00.000-07:002010-07-04T12:20:27.611-07:00‘FALTA MEMÓRIA CULTURAL’<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEim7NWDGVXS_LSIrGEnnSe3QwsMQUsaXZ4IldUXqzgIfUlOWfXLxEEeMHNrBBIEIOTM0QsYdq-szIC-R7bKy14zZW_vy2ERGv-xOvd0OtKdBeQcvsPUe9pzf-Eo8e2PPHz2v8_Fsjr7WzXi/s1600/Centro+Cultural+03.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEim7NWDGVXS_LSIrGEnnSe3QwsMQUsaXZ4IldUXqzgIfUlOWfXLxEEeMHNrBBIEIOTM0QsYdq-szIC-R7bKy14zZW_vy2ERGv-xOvd0OtKdBeQcvsPUe9pzf-Eo8e2PPHz2v8_Fsjr7WzXi/s320/Centro+Cultural+03.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5482241747234308274" /></a><br /><br /><span style="font-weight:bold;">Rodrigo Alves</span><span style="font-weight:bold;"> - Entrevista/Carlos Sena</span><br /><br />Artista plástico e professor da Faculdade de Artes Visuais da UFG Carlos Sena tem posições veementes sobre o mercado de arte de Goiás. “Ele não existe em Goiânia, falta tudo para que se desenvolva”, afirma. Confira a entrevista que Sena concedeu ao POPULAR.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">No final dos anos 70 e 80 houve um período áureo em Goiânia. Por que mudou?</span><br />A efervescência do mercado goiano nos anos 80 começou após uma série de ajustes na balança comercial internacional, que permitiu a estabilização do mercado. Isso permitia que houvesse uma corrida às compras por conta do equilíbrio da balança, entre eles bens simbólicos como artes. Nesta época, as galerias mandavam. Houve um inchamento do mercado e Goiânia teve cerca de 18 galerias de arte. Nos anos 90, houve uma derrocada da balança comercial e a inflação galopante e isso fez com que essas galerias fechassem com a mesma euforia que abriram.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">O que mudou?</span><br />O artista procurou outros espaços como o museu.A arte buscou outra acomodação que não no gosto e na casa do comprador de arte. Mudou de território. E o mercado de arte, se é que podemos chamá-lo assim, passou a existir centrado em um gosto mais defasado e assimilado, ou seja, hoje não existe mais arte no que se vende no mercado, mas o artístico. Curiosamente você não vê artistas como Marcelo Solá e Divino Sobral, de respaldo nacional, nos museus locais e no mercado. Eles vão para fora. Não é dizer que o comprador daqui seja desinformado e que não compra arte. Aqui há gente que tem Nuno Ramos, Leda Catunda, Hélio Oiticica. Mas ele compra lá fora, no circuito avançado. Quando muito compra do próprio artista, mas não da galeria.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Por que esse cenário emergiu?</span><br />No nosso caso, cidade com menos de cem anos, mesmo os pioneiros da arte valem muito pouco no mercado local. Não houve respeito nem investimento oficial para dar dignidade a este artista goiano. As políticas culturais pouco dão bola para isso. Que tipo de memória vamos desenvolver assim? Nenhuma. O artista perde em memória. Como o público está em formação, o que o decorador disser, ele tende a assimilar. A culpa é da deseducação, da falta de memória cultural, da universidade e até da falta de uma mídia especializada.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Há solução?</span><br />Está ficando tão redundante repetir essa frase no Brasil, ainda mais na época de eleição, mas isso passa pela educação. Enquanto se enxergar arte como diletantismo de quem tem posses, e não como um processo de humanização do indivíduo, não vamos mudar isso. Não há artista ou galerista que possa fazer algo.<br /><br />GOIÂNIA, domingo 16 de maio de 2010 MAGAZINE / O POPULAR 7Carlos Sena Passoshttp://www.blogger.com/profile/09454512078196286029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5525184122199900478.post-16312975274923698402010-07-04T11:45:00.000-07:002010-07-05T05:31:12.201-07:00O Centro Cultural Oscar Niemeyer é de todos<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFpryoAb2SjODrTPxwDZ69YRs_V9U8talDePLYHxXRxCK7uoQcjAJyK3j6DlUNTdZuaS28ADo5uK2Y8d9cMemhsRR_AixZVzMYtsten4B4p0QxuY2a1Ymlt9XVGmwTiWtELT4W_q9P0SK7/s1600/go+goiania+tur+2+centro+cultural+oscar+niemeyer017.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFpryoAb2SjODrTPxwDZ69YRs_V9U8talDePLYHxXRxCK7uoQcjAJyK3j6DlUNTdZuaS28ADo5uK2Y8d9cMemhsRR_AixZVzMYtsten4B4p0QxuY2a1Ymlt9XVGmwTiWtELT4W_q9P0SK7/s320/go+goiania+tur+2+centro+cultural+oscar+niemeyer017.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5490130054660499010" /></a><br /><br />Li e recomendo o artigo que o diretor cultural da Acieg, Leopoldo Veiga Jardim, escreveu sobre o abandono do Centro Cultural Oscar Niemeyer, nesta sexta-feira, 26 de fevereiro, no jornal Diário da Manhã - Marconi Perillo<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Leopoldo Veiga Jardim</span><br /><br />Volto a escrever neste jornal sobre um assunto muito delicado e que tem mexido muito com a opinião pública de todos os goianos: o abandono do Centro Cultural Oscar Niemeyer, que já dura muito tempo e mantém Goiânia orfã de um bom espaço cultural.<br /><br />A obra, quando inaugurada em 30 de março de 2006, movimentou o setor cultural e encheu de boas expectativas os amantes da cultura. Gilmar Camilo, ex-diretor do espaço, organizou excelentes mostras de artes plásticas que até hoje repercutem no meio. Alguns eventos que ali aconteceram, como o Goiania Noise, um dos maiores e mais respeitados festivais de rock alternativo do Brasil, projetou o espaço como um centro que aglutinaria bons eventos regionais e nacionais. Criou-se um sentimento delicioso de que finalmente Goiânia recebera um presente que marcaria a sua história para sempre. Ouvi da própria cantora e intérprete Simone na grande noite de inauguração, elogios empolgantes e entusiasmados sobre o novo espaço.<br /><br />O tempo passou, o lugar foi abandonado, as críticas começaram a surgir. E até começou uma briga política desnecessária pela busca de culpados pela paralisação das obras e seu fechamento definitivo para eventos. O que queremos não é buscar quem fez ou quem deixou de fazer o Centro Cultural, o que nos interesse e colocar um ponto final no abandono dele e abrir as portas deste espaço tão importante e que muito tem a contribuir para o desenvolvimento da cultura de Goiás.<br /><br />Eventos como Goiania Noise, da Monstros Discos, o Vaca Amarela, da Fósforo Cultural, o Goiania Mostra Curtas do Icuman e tantos outros promovidos por tantas entidades culturais que lutam, muitas vezes sozinhas, para fazer de Goiás um Estado que respira cultura, mostram que o Centro Cultural pode fazer com que Goiânia brilhe como cidade referência em cultura.<br /><br />Estive recentemente em viagem profissional à Roma, França e Dublin conhecendo espaços e projetos culturais que deram certo nesses países e o que percebo é que ações simples funcionam muito bem e mudam toda uma realidade local. Ficar preso a questões políticas, a brigas desnecessárias, podem até buscar atingir de alguma forma um ou outro político, mas o grande prejudicado em toda essa história é a população que fica aguardando uma definição positiva.<br /><br />Oscar Niemeyer acaba de completar 103 anos, forte e saudável. Esse destacado homem da história brasileira foi personagem de importantes momentos da história do Brasil, desde a criação da capital federal até a elaboração dos mais importantes complexos culturais em todo o país. Sinto uma vergonha imensa ao ler recentes artigos, que este homem tem apenas uma pendência na vida! Apenas uma cidade o fez perder o sono! Pasmem, esta cidade é Goiânia! A obra está inacabada e se acabando. Que vergonha!<br /><br />Dia 27 de março, um grupo de amantes da cultura irá fazer uma manifestação, não contra alguém, e sim a favor da cultura de Goiás, a favor de um patrimônio que está abandonado e que precisa ser reativado, a favor desta linda cidade que vem se tornando aos poucos uma grande referência em cultura, a favor do povo goiano.<br /><br />Pablo Kossa, grande amigo e o articulador do movimento, deu uma declaração importante em recente matéria deste jornal e que expressa o sentimento de todos: “Pouco me importa o passado, não me interessa de quem é a culpa, me interessa como cidadão é que o espaço funcione”. Com este clamor, convido a todos os amigos da cultura que se manifestem, apoiando a finalização e abertura do Centro Cultural.<br /><br />Sou simpático ao movimento principalmente pelo seu caráter apolítico. Não será palanque de nenhum candidato, será a tribuna daqueles que amam Goiânia e querem fazer desta cidade uma cidade modelo em produção cultural.<br /><br />A arte faz tanger as cordas mais vibráteis do sentimento humano, deixemos nossas almas se emocionarem com a arte, com a cultura e assim poderemos sonhar com um mundo melhor e mais humano.<br /><br />Leopoldo Veiga Jardim é diretor cultural da Acieg e já ocupou interinamente a Secretaria de Cultura de Goiânia.<br /><br />Publicado originalmente em www.marconiperillo.net/blog/ em 26/2/2010 - photo do JorgeCarlos Sena Passoshttp://www.blogger.com/profile/09454512078196286029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5525184122199900478.post-77224600326699011562010-02-18T04:37:00.000-08:002010-06-28T07:45:29.582-07:00Desenho da nossa própria identidade<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA9mo6OTTj6GEXNmNkL9YLSgdQqtXa4kT_0NKrydh-ynRzMIXPmqw64H0l2VZjFfJRdF5oBQ0mZhU-aF9E4SvEFEMNxkf4PjgOuZ9EyNR00X6xS6bJZkU4Zca7QOogFb6SIfr-r6B8kmzZ/s1600-h/IMG_1246.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA9mo6OTTj6GEXNmNkL9YLSgdQqtXa4kT_0NKrydh-ynRzMIXPmqw64H0l2VZjFfJRdF5oBQ0mZhU-aF9E4SvEFEMNxkf4PjgOuZ9EyNR00X6xS6bJZkU4Zca7QOogFb6SIfr-r6B8kmzZ/s320/IMG_1246.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5159026401788513762" border="0" /></a><br /><p class="MsoNormal" style=""><span style=";font-family:Arial;font-size:16;" ><br /><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style=""><span style=";font-family:Arial;font-size:22;color:red;" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:16;" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:16;" ><span style=""> <span style="font-size:100%;"> </span></span></span><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Arial;">
<br />Carlos Sena</span></b></span><span style=";font-family:Arial;font-size:11;" ><span style="font-size:85%;">
<br />
<br />Sobrevivência é o nome do fantasma que voltou a assustar os produtores, promotores e agenciadores de cultura, que, de alguma forma, operam com as Instituições Culturais de Goiás. A instabilidade, a insegurança e a insatisfação dominam as rodas quando se fala no gerenciamento dos espaços públicos. E mais, vai se configurando um quadro não condizente com os anseios da área cultural, que depois de muito avançar nos últimos anos, acabou por criar uma expectativa de “longos e bons tempos” para a cultura. No início deste novo milênio, Goiás iniciou um denso processo de amadurecimento cultural, que agora parece esmorecer.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Arial;"><o:p> </o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Arial;">Os avanços acontecidos nos últimos anos foram perceptíveis nas diversas segmentações culturais, sejam ligadas à preservação da memória sejam atreladas aos desdobramentos do presente. Mudanças de enfoque dos produtores e da política cultural oficial incidiram sobre o redimensionamento da própria imagem do Estado na trama da cultura brasileira. Até 20 anos atrás estávamos vinculados apenas ao regionalismo, sem contato com outros centros produtores e realizávamos produções de interesse apenas local. Mas, há mais dez anos (sem esquecer o que antes fomos) passamos a experimentar situações de maior diálogo com outras influências culturais (nacionais e estrangeiras), a ter produções mais contextualizadas no ambiente urbano e focadas nas questões do mundo contemporâneo, e isto levou ao reconhecimento das nossas propostas em destacados fóruns de debates da cultura brasileira. <o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Arial;"><o:p> </o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Arial;">Todavia, não foi só em Goiás que as dúvidas e as incertezas se instalaram na área cultural. Em muitos lugares as incertezas chegaram com as últimas notícias de mudanças nas estratégias políticas da administração dos aparelhos culturais dos Estados (o que deriva das mudanças de Governo, de partidos e de interesses). Ações sucessivas e previsíveis de desmonte do aparelho cultural público: cortes de verba, demissão de pessoal, fechamento de diversos órgãos, desatendimento ao público consumidor de bens culturais, etc. No Brasil é sabido que as instituições culturais atreladas à máquina governamental sempre viveram a mercê do destino que cada mandato lhes conferira. E o país mesmo nunca teve uma real política cultural.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Arial;"><o:p> </o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Arial;">A desmontagem do aparelhamento cultural público exibe o quanto a área é frágil, e, principalmente, mostra o quanto os governantes desconhecem a importância do acesso da população aos bens culturais – que em suma formam um patrimônio coletivo. <o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Arial;"><o:p> </o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Arial;">Traçar uma política cultural para o Estado implica em fortalecer as instituições culturais, por meio de verbas, de boas condições físicas, de contratação de recursos humanos devidamente preparados para o exercício das inúmeras atividades da administração cultural, dos recursos que a tecnologia oferece, de <span style=""> </span>metas que venham contribuir para profissionalizar os trabalhadores da área cultural, e de <span style=""> </span>programas que permitam, sobretudo às classes mais carentes, o maior acesso aos bens culturais (incluídos aqui os populares e os elitizados). Uma política cultural concreta objetiva incentivar a continuidade da produção, ampliar e preservar o patrimônio artístico e cultural para disponibilizá-lo à população de forma correta, conseqüente, educadora. É o tecer de uma trama entre gerações do presente, do passado e do futuro que desenha nossa própria identidade. <span style=""> </span>É uma aliança entre os aparelhos culturais e educacionais que permite a democratização dos bens culturais como elemento na formação da cidadania legítima. É um investimento em todos os sentidos!<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Arial;"><o:p> </o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Arial;">Da ausência de uma política cultural séria podem advir conseqüências graves como a geração de cidadãos desprovidos de memória, de referências de sua história e de sua identidade, o enfraquecimento do sentimento coletivo de pertencimento a um povo, e também ações desastrosas como uso indevido de benefícios fiscais para alimentar projetos demagógicos, oportunistas, incipientes e assistencialistas que antes de fornecer uma consciência cultural aos cidadãos, visam o impacto através de intervenções de qualidade duvidosa e valor questionável. Muitas delas já se esboçam na paisagem, infelizmente.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Arial;"><o:p> </o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Arial;"><o:p> </o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><span style=";font-family:Arial;font-size:16;" ><o:p> </o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-size:85%;"><b style=""><span style="font-family:Arial;">
<br />
<br />Carlos Sena</span></b></span><span style=";font-family:Arial;font-size:11;" ><span style="font-size:85%;"> é artista plástico, professor da FAV/UFG e diretor do Espaço Cultural /UFG.</span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >
<br />
<br />Este texto foi originalmente publicado no jornal O Popular - seção debates: Política cultural em Goiás, em 25 de março de 2007.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;font-size:100%;" >
<br />
<br />A foto acima é de autoria de Marcus Freitas e mostra a exposição inaugural da nova sede do Museu de Arte Contemporânea de Goiânia, que até o momento da reedição deste texto ( 18 de fevereiro de 2010 )continua fechado.</span><br /><span style="font-size:100%;"><span style=";font-family:Arial;font-size:11;" ><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><span style=";font-family:Arial;font-size:16;" ><o:p> </o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:16;" ><o:p> </o:p></span></p>Carlos Sena Passoshttp://www.blogger.com/profile/09454512078196286029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5525184122199900478.post-20215430437144442382010-02-18T04:33:00.000-08:002010-06-28T07:41:24.763-07:00Um monumento ao desperdício<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCsJtpB-DY5hSJxfXf9i_Fd1yHcjvV8_IRbYf-lMO2EC0AjeOXXTZKWVmdGXQUdPYEZUUTnF7KI8RG54JAyCRoGlQzPB_5Kt-wZ4Zx4V-clOCscaX6S8naS5bjtFrHsGPq7iDmvodlEEmI/s1600/go_goiania-centro-cultural-niemeyer.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 119px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCsJtpB-DY5hSJxfXf9i_Fd1yHcjvV8_IRbYf-lMO2EC0AjeOXXTZKWVmdGXQUdPYEZUUTnF7KI8RG54JAyCRoGlQzPB_5Kt-wZ4Zx4V-clOCscaX6S8naS5bjtFrHsGPq7iDmvodlEEmI/s320/go_goiania-centro-cultural-niemeyer.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5477894474962872594" /></a><br /><br /><span style="font-weight:bold;">Leandro Fortes</span><br /><br />Prestes a completar 103 anos de idade, o arquiteto Oscar Niemeyer tem uma única pendência na vida: resolver um calote de 200 mil reais que levou do governo de Goiás. A dívida diz respeito ao projeto do Centro Cultural Oscar Niemeyer, um elefante branco de 17 mil metros quadrados, na entrada de Goiânia, levantado ao custo de 60,8 milhões de reais, mas abandonado desde que foi inaugurado, inacabado, pelo então governador Marconi Perillo, no último dia de seu mandato, em 30 de março de 2006. A obra, no entanto, foi entregue ao eleitor sem estar concluída ou paga, com erros de cálculo estrutural e sob suspeita de superfaturamento. Trata-se de um complexo formado por museu, biblioteca, teatro e um monumento aos direitos humanos. Abandonados há quatro anos, os prédios estão em franca degradação física. <br /><br /> Definido por Marconi Perillo, no discurso de inauguração, como “um ícone da Marcha para o Oeste puxada por Juscelino Kubitschek”, o Centro Cultural acabou por se transformar num monumental pepino a cair no colo do governador Alcides Rodrigues, do PP. Ele assumiu o governo em 2006, quando Perillo renunciou para concorrer ao Senado Federal, para então reeleger-se, no mesmo ano, para o cargo, com o apoio do tucano. Hoje, rompido com o antigo aliado, recusa-se a reiniciar as obras antes do pronunciamento final do Tribunal de Contas do Estado (TCE) sobre o assunto. Herdou, além da obra inacabada, o constrangimento de fazer parte de um calote dado no arquiteto centenário que dá nome ao complexo cultural. <br /><br /> Gerente do projeto, o arquiteto João Niemeyer, sobrinho-neto de Oscar, tentou diversos contatos com o governo de Goiás para receber a parte que falta ao escritório da família – cerca de 200 mil reais, de um total de 2 milhões de reais –, mas não teve sucesso. De acordo com a assessoria do governador Rodrigues, não será possível buscar uma solução antes de saber a decisão final do TCE. Politicamente, isso significa que a coisa ainda deverá demorar um bocado, apesar da idade avançadíssima do principal interessado no caso, justamente o arquiteto que dá nome ao Centro Cultural. <br /><br /> Embora fora do governo estadual, Marconi Perillo, em quase oito anos de mandato, aparelhou politicamente o TCE, onde ainda mantém grande influência, inclusive sobre o relator do processo do Centro Cultural, o conselheiro Naphtali de Souza, também ex-governador do estado. Por essa razão, não há quem aposte numa solução antes das eleições de outubro. <br /><br /> CartaCapital esteve no Centro Cultural. A primeira visão que se tem do lugar é o da pirâmide vermelha bolada pelo arquiteto, uma representação artística feita em favor dos direitos humanos. Exposta ao sol, mas sem manutenção, o monumento desbotou. Virou uma pirâmide rosa. Abaixo dela, galeria e auditório apodrecem aos poucos. As instalações elétricas pendem do teto, as cadeiras estão cobertas de poeira e um dos vidros blindex foi quebrado e substituído por uma placa de compensado de madeira. A sala de exposições levou o nome de Célia Câmara, mãe de Jaime Câmara Júnior, dono da maior rede de comunicação de Goiás, inclusive a TV Anhanguera, retransmissora da TV Globo. Trata-se de um forte aliado de Marconi Perillo. <br /><br /> Nada se compara, no entanto, ao estado geral da biblioteca. Projetada para abrigar 140 mil livros, o prédio, todo de vidro fumê, é um esqueleto gigante onde se abrigam dezenas de fileiras de estantes vazias. A estrutura interna está completamente comprometida pelas infiltrações e pela oxidação das partes metálicas que não foram pintadas, como corrimões e esquadrias de sustentação. Há buracos no forro do teto onde, por entre teias de aranha, despencam fios, canos e luminárias. No terraço, 78 peças de vidro fumê, da época da construção, estão escoradas numa parece onde alguém escreveu, com giz de cera vermelho: “Prove o abandono”. <br /><br /> O mais grave é que, em novembro de 2005, portanto, quatro meses antes da inauguração, o então diretor de Obras Civis da Agência Goiana de Transporte e Obras Públicas (Agetop), Luiz Antonio de Paula, informou ao governo Marconi Perillo da impossibilidade de a biblioteca receber livros. Um ofício assinado por ele, encaminhado ao então presidente da Agência Goiana de Cultura (Agepel), Nasr Nagib Chaul, informava que somente o primeiro pavimento do prédio, de quatro andares, poderia ser utilizado como biblioteca “em face às sobrecargas adotadas pelo calculista estrutural”. Ou seja, se encher de livro, o edifício vem abaixo. <br /><br /> O relatório do TCE, baseado em vistorias e análises contábeis, não só enumera uma grande quantidade de problemas estruturais, de trincamentos a infiltrações nas paredes, como aponta uma série de sobrepreços (superfaturamento) ao longo da construção, orçada, inicialmente, em 37,4 milhões de reais, mas que consumiu, até agora, 60,8 milhões de reais. A construtora contratada pelo governo, Warre Engenharia, calcula que ainda faltam pelo menos 10 milhões de reais para o Centro Cultural ficar, definitivamente, pronto. “Temos todo interesse em concluir o centro, mas não podemos fazer nada até o pronunciamento final do Tribunal de Contas”, justifica Linda Monteiro, atual presidente da Agência de Cultura, a qual o Centro Cultural ficará subordinado, quando pronto. <br /><br /> O senador Marconi Perillo afirma que o abandono do Centro Cultural Oscar Niemeyer foi premeditado por seu sucessor e ex-aliado Alcides Rodrigues a fim de desgastá-lo politicamente. Perillo é candidato ao governo de Goiás nas eleições de outubro e trava uma briga cada vez mais acirrada com Rodrigues. Segundo o senador tucano, “99%” da obra estava concluída quando o complexo foi inaugurado. “O problema é que o governador, que era meu vice e estava na inauguração elogiando o projeto, me traiu”, diz Perillo. “Se eu tivesse continuado no governo, teria concluído o restante da obra em 30 dias”, garante. <br /><br /> “Inaugurei o que estava pronto”, explica, para justificar a entrega da obra ainda inacabada. Segundo o senador, havia o compromisso público de Alcides Rodrigues em não só completar o complexo cultural, mas, também, pagar o arquiteto Oscar Niemeyer. “Eu deixei o dinheiro empenhado para isso”, afirma. “O governador resolveu, por capricho, deixar de terminar uma obra tão importante para o povo de Goiás”, acusa Perillo, com extrema candura a despeito do tom vibrante.<br /><br /> - publicado originalmente na REVISTA CARTA CAPITAL 16/02/2010 13:45:34 <br /><br />Imagem: Centro Cultural Niemeyer - "LADYCBARRA".<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Este artigo atualiza a discussão aberta pelo texto de opinião "Desenho da nossa própria identidade" republicado acima.</span>Carlos Sena Passoshttp://www.blogger.com/profile/09454512078196286029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5525184122199900478.post-38048398001887294382009-10-17T07:23:00.001-07:002009-10-17T07:25:25.363-07:00Arte Contemporânea Goiana - da década de 1990 até hoje<object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/EZh5FwDhzl0&hl=pt-br&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/EZh5FwDhzl0&hl=pt-br&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>Carlos Sena Passoshttp://www.blogger.com/profile/09454512078196286029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5525184122199900478.post-24536306092086878262009-10-17T06:29:00.000-07:002010-01-21T05:07:48.722-08:00Arte Contemporânea de Goiás: experiências com a vida cotidiana<span style="font-weight:bold;">Carlos Sena Passos*</span><o:p></o:p></span></b></p><span style=""> </span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:11;"><o:p> </o:p></span></p><span style=""> </span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size:11;">
<br />A produção artística contemporânea de Goiás está preocupada com as questões da arte e da vida que surgem na atualidade. Com o crescimento e a transformação de Goiânia numa metrópole regional, as poéticas regionalistas marcadas pela linguagem sertaneja, típicas da cidade interiorana, arrefeceram e tornaram-se obsoletas.<span style=""><span style=""> </span></span>A vida urbana que se formou na capital, com o ritmo acelerado do trânsito, o alto volume de informações em circulação e a dominação do<span style=""><span style=""> </span></span>ambiente de consumo globalizado, trouxe um complexo de novas referências visuais e um imperativo comportamental citadino que mesclou-se à cultura rural, existente como bagagem antropológica. A partir dos anos <st1:metricconverter productid="<st1:metricconverter productid=" st="on">90 a</st1:metricconverter> produção contemporânea goiana conseguiu formar um conjunto significativo de artistas capazes de dialogar com as questões dos circuitos artísticos brasileiro e internacional. Sem esquecer os princípios imemoriais da cultura local, o compromisso desses artistas se fez com a reflexão sobre confronto do sujeito com o seu mundo, com o aqui e o agora, com o que é a essência do presente.<o:p></o:p></span></p><span style=""> </span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size:11;"><o:p> </o:p></span></p><span style=""> </span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size:11;">
<br />
<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEih971Ott2n0VLRKMJg1qwgVjNR-iwGqYTV7-GXEYrlwTACyqdsjJtx0qETcJx5iugev07PaHnZDsGOy6aNBxRUKFkEH3ZD8QGnpWHShHWQwzh4k3IdiMUqoiubYER2MapQ2r3pEymhpmVI/s1600-h/siron+franco.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 238px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEih971Ott2n0VLRKMJg1qwgVjNR-iwGqYTV7-GXEYrlwTACyqdsjJtx0qETcJx5iugev07PaHnZDsGOy6aNBxRUKFkEH3ZD8QGnpWHShHWQwzh4k3IdiMUqoiubYER2MapQ2r3pEymhpmVI/s320/siron+franco.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5393562292371950002" /></a>Siron Franco
<br />
<br />Este ensaio visual apresenta trabalhos de treze artistas formados após a consagração da obra de <span style="font-weight:bold;">Siron Franco</span>, artista cuja grande importância consiste em transpor a mitologia regional para o contexto da contemporaneidade. O ensaio exibe trabalhos recentes formando um conjunto das atuais pesquisas artísticas em andamento, e reúne produtores que surgiram sob o rótulo Geração 80 como <span style="font-weight:bold;">Selma Parreira, ZéCésar, Luis Mauro e Edney Antunes</span>, a artistas que<span style=""><span style=""> </span></span>demarcaram suas pesquisas a partir da última década do Séc. XX como <span style="font-weight:bold;">Marcelo Solá, Divino Sobral, Juliano de Moraes , Pitágoras e Rodrigo Godá<span style="font-weight:bold;"></span></span>, e ainda a jovens nomes que agora emergem como <span style="font-weight:bold;">Helga Stein, Marcus Freitas, Sandro Gomide e Ludmila Steckelberg</span>. Este recorte com obras de artistas de diversas gerações mostra como o panorama artístico atual, apesar de registrar grande atividade das linguagens mais tradicionais como desenho e pintura,<span style=""><span style=""> </span></span>está fortemente comprometido com as pesquisas que envolvem meios fotográficos, inesperadas situações tridimensionais e materiais insólitos. É importante destacar também que muitos desses artistas transitam entre categorias diferentes, do desenho a pintura ou a fotografia, da gravura a assemblagem, do objeto a fotografia, da escultura a instalação, do desenho a intervenção. <o:p></o:p></span></p><span style=""> </span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size:11;"><o:p> </o:p></span></p><span style=""> </span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size:11;">Tais artistas têm apresentado em suas produções mais recentes investigações sobre as diversas camadas que compõem a vida cotidiana, desde aquelas mais despercebidas até as mais relevadas, têm vasculhado as situações conflituosas e paradoxais, indiciado problemas, feito observações poéticas sobre as experiências do cotidiano, o nosso modo de viver na atualidade.<o:p></o:p></span></p><span style=""> </span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size:11;"><o:p> </o:p></span></p><span style=""> </span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size:11;">
<br />
<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiB8joyrAWwpKQzwilk8NTerzc6GQ79Yg5ju9ylyVtqA-p_elw2tRdcJkW6TlbqnMec_0FqRuJmOlweunxrBipS8_wAZtLrFQjvQcfmI8n8MM7SOvC_TG7h_LrqvUwzxv2MYzhljcLUPg5H/s1600-h/00+Marcelo+Sol%C3%A1.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 225px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiB8joyrAWwpKQzwilk8NTerzc6GQ79Yg5ju9ylyVtqA-p_elw2tRdcJkW6TlbqnMec_0FqRuJmOlweunxrBipS8_wAZtLrFQjvQcfmI8n8MM7SOvC_TG7h_LrqvUwzxv2MYzhljcLUPg5H/s320/00+Marcelo+Sol%C3%A1.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5393564014590460226" /></a>Marcelo Solá
<br />
<br />É considerável que na produção goiana são muitos os registros poéticos do cotidiano, da memória e dos afetos corroídos pelo isolamento e pela incomunicabilidade, realizados com a utilização dos suportes e materiais habituais do desenho e da pintura e dentro de um campo emocional expressionista. Porém, cada artista coloca seu modo singular de tratar a questão, renovando-a. A obra de <b style="">Marcelo Solá</b> se coloca na fronteira do anti-desenho, explorando o impulso do gesto, a força do risco que constitui a linha delimitando figuras projetuais, ou revelando sua expressividade subjetiva que ocupa o espaço do suporte, ou valorizando os vazios como zonas de silêncio. Datas inverídicas, adiantadas ou atrasadas, denunciam um choque no sistema de catalogação, falam do colapso na regulagem do tempo.
<br />
<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgSpvaXbDI1lwPvWwgvn7rmGAH98Hmp-cs4MKRoXOYGRXaFJLfGNxFChl8Jn8Yz3sspm_gWVXnVIcrPD33QPxDD_ifMPiKSuaEFLfcZrYXrEjBshgBqwvZnieruh71UUiXWiE9nOJUViae/s1600-h/05+Luiz+Mauro.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 254px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgSpvaXbDI1lwPvWwgvn7rmGAH98Hmp-cs4MKRoXOYGRXaFJLfGNxFChl8Jn8Yz3sspm_gWVXnVIcrPD33QPxDD_ifMPiKSuaEFLfcZrYXrEjBshgBqwvZnieruh71UUiXWiE9nOJUViae/s320/05+Luiz+Mauro.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5393565033757909106" /></a>Luiz Mauro
<br />
<br /> Pintor e desenhista, <b style="">Luis Mauro</b> vem desdobrando seu trabalho de caráter intimista repleto de melancolia. Com tonalidades graves e escuras cria atmosferas sombrias, paisagens metafísicas ocupadas por arquiteturas esquecidas e por personagens adormecidos, seres em suspensão, objetos rituais, e que formam emblemas da solidão e da dor. <b style="">
<br />
<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlnES-xQe8v3-U_cWxmlKQagDnbO_3h2UJUemqXttcc0Bt2uPYl2hyphenhyphen-rMH_5qFFMLA5m6YrMCsRuA9ejvrrN81izmIFK9n9CnjQehjH7s_GWNybnlNFSWg1lbnVEeFx6qAPWuy48b2Vsht/s1600-h/07+Pit%C3%A1goras.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 252px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlnES-xQe8v3-U_cWxmlKQagDnbO_3h2UJUemqXttcc0Bt2uPYl2hyphenhyphen-rMH_5qFFMLA5m6YrMCsRuA9ejvrrN81izmIFK9n9CnjQehjH7s_GWNybnlNFSWg1lbnVEeFx6qAPWuy48b2Vsht/s320/07+Pit%C3%A1goras.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5393566125962157266" /></a>Pitágoras
<br />
<br />Pitágoras</b> trabalha simultaneamente com desenho, pintura e intervenção sobre editoriais de moda e <i style="">bunners </i>publicitários que formam os modelos fúteis da sociedade de consumo e dirigem o comportamento das massas. Seus personagens são retratados caricaturalmente, angustiados, monstruosamente mascarados e entregues às vaidades e paixões humanas.<o:p></o:p></span></p><span style=""> </span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:11;"><o:p> </o:p></span></p><span style=""> </span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size:11;">
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<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgv7XNE2Mc5auY7ltHFmWi4Vhutp7Q1NuvQVKJ16A25bJSpjzPNuoDiUxwtLOt9QpV-w5pkn3jGqy2I_aMYsXELHYktMCmIv_TdUmaoY4bGFkYfwwDEilfNmwDWIxtb4tJeiibQ32QY3Neu/s1600-h/01+Rodrigo+God%C3%A1.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 306px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgv7XNE2Mc5auY7ltHFmWi4Vhutp7Q1NuvQVKJ16A25bJSpjzPNuoDiUxwtLOt9QpV-w5pkn3jGqy2I_aMYsXELHYktMCmIv_TdUmaoY4bGFkYfwwDEilfNmwDWIxtb4tJeiibQ32QY3Neu/s320/01+Rodrigo+God%C3%A1.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5393566831690761730" /></a>Rodrigo Godá
<br />
<br />Também <b style="">Rodrigo Godá</b> trabalha simultaneamente com pintura e desenho, mas distante do expressionismo busca referências no universo da cultura popular.<span style=""><span style=""> </span></span>Sua produção lírica e lúdica forma se por meio da fusão da cultura à natureza, da invenção de maquinarias absurdas, construções precárias, gambiarras que funcionam como processadoras de florestas, de cores, de pessoas e de cidades. <o:p></o:p></span></p><span style=""> </span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size:11;"><o:p> </o:p></span></p><span style=""> </span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size:11;">
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<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVDsT5iZRTpSuXaAi1iuqv2g3HmDO0486M09F3BzCje7bfbMoQaFjFYq_GU_UoUdZFZLfgqJ8eKqexdBY-jxIKYMuFqIGAIqqX2Xr2VB8Pbm6AurKzJKKqnpjlIEWOhtfy2j1J5uRBh9US/s1600-h/divino+sobral.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 116px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVDsT5iZRTpSuXaAi1iuqv2g3HmDO0486M09F3BzCje7bfbMoQaFjFYq_GU_UoUdZFZLfgqJ8eKqexdBY-jxIKYMuFqIGAIqqX2Xr2VB8Pbm6AurKzJKKqnpjlIEWOhtfy2j1J5uRBh9US/s320/divino+sobral.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5393567845948517074" /></a>Divino Sobral
<br />
<br />É notável ainda, o interesse em discutir problemas relacionados à paisagem urbana, às contradições que surgem na cidade como ocupação urbana, divisão de território, atrito entre industrial e artesanal, entre as culturas popular e de massa, entre a liberdade do cidadão e o aprisionamento do anonimato. Para alguns artistas a paisagem urbana é um motivo a ser reinterpretado e refeito continuamente. A recente pesquisa em fotografia e vídeo de <b style="">Divino Sobral</b> surge da documentação de pinturas de paredes coloridas nas fachadas de comércio popular na periferia de Goiânia, enquadradas por olhar de tradição construtivista e que ao fundir a experiência da abstração formal erudita com a plasticidade popular elabora uma espécie de antropologia visual, um memorial da epiderme da cidade.
<br />
<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_cYP9RDqOmJK8XZIISbmA6HjuGyr-s3ihHxs9h8UCxr0S8LcdtM7vUeGdENCNzecMC4W0p7oSJm9l3uygr6EYywaGlCkAJ5yvkudzNwS5mKPojgK3_pfxUs2ebSB3sIXwiKcew3qy2fJx/s1600-h/04+Marcus+Freitas.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 214px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_cYP9RDqOmJK8XZIISbmA6HjuGyr-s3ihHxs9h8UCxr0S8LcdtM7vUeGdENCNzecMC4W0p7oSJm9l3uygr6EYywaGlCkAJ5yvkudzNwS5mKPojgK3_pfxUs2ebSB3sIXwiKcew3qy2fJx/s320/04+Marcus+Freitas.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5393568413170133458" /></a>Marcus Freitas
<br />
<br />As fotografias de <b style="">Marcus Freitas</b> revelam um processo de desfazimento da paisagem urbana, uma liquefação que distorce o registro realista e desvia o olhar para uma experiência subjetiva de confronto do sujeito com a cidade. Suas fotos sob um tratamento pictórico exibem a crescente verticalização e o intenso movimento imobiliário de Goiânia.<b style="">
<br />
<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_-gTbJBLlbrGuyZq_uR3QcwWw3Wf4Jq0jbqlG0n8Ub3bsA5cd0CH4XDCx9qWuoB7qL5rb30IQwRGkr5FGFOo6sguaAczTckPDqjkmTv7Z8EyVy0AaproUkmfvuAkRcv7mNwVkqmTtXGep/s1600-h/03+Z%C3%A9+C%C3%A9sar.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 250px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_-gTbJBLlbrGuyZq_uR3QcwWw3Wf4Jq0jbqlG0n8Ub3bsA5cd0CH4XDCx9qWuoB7qL5rb30IQwRGkr5FGFOo6sguaAczTckPDqjkmTv7Z8EyVy0AaproUkmfvuAkRcv7mNwVkqmTtXGep/s320/03+Z%C3%A9+C%C3%A9sar.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5393569165211494546" /></a>Zé Cézar
<br />
<br /> ZéCésar </b>que durante longo tempo pesquisou gravura, desenvolve agora assemblagens com papelões de caixas de embalagens descartadas. O refugo industrial urbano é apropriado e tornado suporte, entalhado cuidadosamente com figuras arquitetônicas, e depois é acumulado, superposto e sobreposto em camadas criando imagens semelhantes a grandes metrópoles, exageradamente ocupadas.<b style="">
<br />
<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKoczV3rYJrnq1c2LTrG_BjvwIIcBPac8P1fhuts0mpSSGvwKQ8MOIOrG9sJAPW3c2fUUf78W0sY3FF0zeluaXxQ96UnRsKHaDBC0EBfspEN6HBwyGSm8yhlE3mbKQvtNdr0JVIIz5fp0E/s1600-h/10+Edney+Antunes.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 230px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKoczV3rYJrnq1c2LTrG_BjvwIIcBPac8P1fhuts0mpSSGvwKQ8MOIOrG9sJAPW3c2fUUf78W0sY3FF0zeluaXxQ96UnRsKHaDBC0EBfspEN6HBwyGSm8yhlE3mbKQvtNdr0JVIIz5fp0E/s320/10+Edney+Antunes.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5393569607275390498" /></a>Edney Antunes
<br />
<br />Edney Antunes</b> trabalha sempre com temas urbanos e dentro de uma chave crítica que une arte e política, com a proposta de promover reflexões sobre os processos de exclusão e de marginalização social. As obras da série “Daninhos” funcionam como anúncios anti-publicitários, nos quais o artista sobrepõe logomarcas de agrotóxicos a fotografias de mendigos nas ruas de Goiânia, questionando a reserva de miséria mantida pelo capitalismo.<o:p></o:p></span></p><span style=""> </span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:11;"><o:p> </o:p></span></p><span style=""> </span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size:11;">
<br />
<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEoR0yNjYjFIJ9Pk-GEvHydPwRqnRK1woDb1wqNVZ3lPpYGSilDN-vma9kbzdKtYK3pe6xbsmbhT_VLb5qfJkDWPZadI5u99JmP79IE5z1GEVcQxNB3OPwVjlV-pmvbyFtWK-jKjmbU7W3/s1600-h/06+Juliano+de+Moraes.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 226px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEoR0yNjYjFIJ9Pk-GEvHydPwRqnRK1woDb1wqNVZ3lPpYGSilDN-vma9kbzdKtYK3pe6xbsmbhT_VLb5qfJkDWPZadI5u99JmP79IE5z1GEVcQxNB3OPwVjlV-pmvbyFtWK-jKjmbU7W3/s320/06+Juliano+de+Moraes.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5393570424199787490" /></a>Juliano de Moraes
<br />
<br />As preocupações com a paisagem, com a topologia e com a topografia marcam a pesquisa mais recente de <b style="">Juliano de Moraes</b>. Com caráter bastante experimental, o artista investiga conflitos entre situações de instalação e de escultura, entre materiais diversos como grama viva, sal, graxa, ferro e madeira, para construir um lugar inesperado onde a natureza é manipulada, as superfícies secas e frias e os corpos pregnantes. Suas obras configuram uma situação orgânica onde tudo é bruto e delicado.<o:p></o:p></span></p><span style=""> </span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:11;"><o:p> </o:p></span></p><span style=""> </span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size:11;">
<br />
<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsy4p_6SpBocWQTSZxrYd1CqhUSVwaAe3r-Fm2_8-nzUp7m-MTm9e9EFdRCkE9SptKW9H-LSGj8txEs95S3af6rIE6HyjaIV_c0IdPTApZ3QAxvkyJ-BwYmEXJEShs_a4_8FEKmjqwWP57/s1600-h/08+Helga+Stein.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsy4p_6SpBocWQTSZxrYd1CqhUSVwaAe3r-Fm2_8-nzUp7m-MTm9e9EFdRCkE9SptKW9H-LSGj8txEs95S3af6rIE6HyjaIV_c0IdPTApZ3QAxvkyJ-BwYmEXJEShs_a4_8FEKmjqwWP57/s320/08+Helga+Stein.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5393571070417004738" /></a>Helga Stein
<br />
<br />Outro problema colocado pela produção contemporânea refere-se aos modos de construção da identidade, aos estatutos do auto-retrato, da imagem do sujeito e de seus outros eus, à materialidade e à aparência do corpo diante da virtualidade das imagens e das técnicas de estética corporal, aos padrões sociais que regulam o que é íntimo ou público, aos padrões de beleza apregoados pelas técnicas de manipulação do corpo.<b style=""> Helga Stein</b> trabalha no terreno da arte digital explorando ferramentas que permitem o desenvolvimento de sua pesquisa com sua própria imagem. O auto-retrato é a base para a criação de inúmeras personagens que surgem pela manipulação de uma matriz fotográfica no computador, e que problematizam a identidade como algo passivo de ser reinventado a cada encontro consigo e com os outros.
<br />
<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDZPOn4YjqZi5paly6nI2gf0fRwExyGezfXVIvgTDPhXG7Mt8qO2b3JO7WG6kgldgRHCzUeKV3Z7_z-cirNkQJf2gblBv1ysi-C2KJC3rorq0QxK4yDoAHu416xMwBSVPd1u7POeuq1n9C/s1600-h/09+Sandro+Gomide.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 205px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDZPOn4YjqZi5paly6nI2gf0fRwExyGezfXVIvgTDPhXG7Mt8qO2b3JO7WG6kgldgRHCzUeKV3Z7_z-cirNkQJf2gblBv1ysi-C2KJC3rorq0QxK4yDoAHu416xMwBSVPd1u7POeuq1n9C/s320/09+Sandro+Gomide.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5393571701919011154" /></a>Sandro Gomide
<br />
<br />Pintor e desenhista,<b style=""> Sandro Gomide</b> também investiga a categoria de auto-retrato, representando sua imagem em situações de conflito e de violência, expressando sentimentos como angústia, desespero, dor, solidão e medo, característicos do dia-a-dia contemporâneo.<o:p></o:p></span></p><span style=""> </span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:11;"><o:p> </o:p></span></p><span style=""> </span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size:11;">
<br />
<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcyzaqcqhsU0ThIYmKlKfflh095KkCs_xFKga4Xve27ECMoflkUzBN_hVQn2Ajn860Ca_Fwhb32gAqKJLXdSVqeKcv3roH3icAwzP3Mi2FCJ4r3ExLfXU1PB2pHozHRDyxUyQoJgcrkHAW/s1600-h/11+Ludmilla+Steckelberg.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 245px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcyzaqcqhsU0ThIYmKlKfflh095KkCs_xFKga4Xve27ECMoflkUzBN_hVQn2Ajn860Ca_Fwhb32gAqKJLXdSVqeKcv3roH3icAwzP3Mi2FCJ4r3ExLfXU1PB2pHozHRDyxUyQoJgcrkHAW/s320/11+Ludmilla+Steckelberg.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5393572298399277138" /></a>Ludmilla Steckelberg
<br />
<br />Coube à arte contemporânea a tarefa de refletir sobre a formação da <span style=""> </span>memória pessoal e coletiva num ambiente onde a amnésia acompanha o descarte do consumo, onde a ausência de vínculos entre presente e passado, a aceleração do tempo, e a efemeridade das relações humanas influenciam no crescente processo de esquecimento coletivo. Aqui a memória é abordada<span style=""><span style=""> </span></span>em dupla via: pelo esquecimento e pela lembrança. <b style="">Ludmila Steckelberg </b>se integra na tendência dos manipuladores de fotografias, apropria-se de registros de antigos álbuns de família e com ferramentas do computador retira personagens já falecidas, deixando na imagem figuras negras, vazias, que falam do processo coletivo de apagamento e esquecimento.
<br />
<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXGrxmzV5IBahvF4Q2zVRyy8iZMf0H_0Soq4ZrVhmbr0nhSnOlG919L3Q6xAWAbBipj_QqjAX5U-hFA4BmSa9iVWsqF_tuiJW5N2qG7Gq5fIoBqTLfzymswr1vk-dbxYNNEWSYaMvoftXx/s1600-h/12+Selma+Parreira.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXGrxmzV5IBahvF4Q2zVRyy8iZMf0H_0Soq4ZrVhmbr0nhSnOlG919L3Q6xAWAbBipj_QqjAX5U-hFA4BmSa9iVWsqF_tuiJW5N2qG7Gq5fIoBqTLfzymswr1vk-dbxYNNEWSYaMvoftXx/s320/12+Selma+Parreira.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5393572970686661314" /></a>Selma Parreira
<br />
<br /> Pintora e desenhista <b style="">Selma Parreira</b> tem investigado as potencialidades da fotografia em função de uma pesquisa com antigos objetos herdados de um armazém familiar; suas fotos abordam os processos de rememoração após a fase do esquecimento.<o:p></o:p></span></p><span style=""> </span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:11;"><o:p> </o:p></span></p><span style=""> </span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size:11;">Esse ensaio é um recorte possível no panorama da arte contemporânea de Goiás. As obras reproduzidas nas páginas a seguir se abrem para múltiplas interpretações, para além dos limites que minha organização imprimiu sobre elas.<span style=""><span style=""> </span></span>As obras adensam reflexões à medida que dividimos com elas o exercício de aprofundar na experiência de compreender o mundo que vivemos.<o:p></o:p></span></p><span style=""> </span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:11;"><o:p> </o:p></span></p><span style=""> </span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:10;">
<br />
<br />* Artista plástico e mestre em Arte publicitária e Produção simbólica pela ECA/USP, professor da Faculdade de Artes Visuais, diretor do Espaço Cultural da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFG.</span></p></p> <p class="MsoNormal"><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p>
<br />Artigo publicado originalmente na Revista UFG, junho 2008, AnoX n°4.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> Carlos Sena Passoshttp://www.blogger.com/profile/09454512078196286029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5525184122199900478.post-73121390253189862182009-06-23T16:27:00.000-07:002010-06-28T07:49:42.626-07:00Cléber Gouvêa<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgd3aRBMz-j2__5MkkXkfNosLJo5ijYo3qof8qBbK-gVGLRBDwDRfxoNhfZNCQumabHOgoZLAm5Mgibd1kuZ4k_XOlX4AGMadHp5BzKpJyOME4KdCtN2SgsxSJ8ebXmQzLPgfEQfY3xuOpn/s1600-h/Nova+imagem.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 267px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgd3aRBMz-j2__5MkkXkfNosLJo5ijYo3qof8qBbK-gVGLRBDwDRfxoNhfZNCQumabHOgoZLAm5Mgibd1kuZ4k_XOlX4AGMadHp5BzKpJyOME4KdCtN2SgsxSJ8ebXmQzLPgfEQfY3xuOpn/s320/Nova+imagem.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5350669196396374674" /></a><span style="font-weight:bold;">Cleber Gouvêa</span>. Sem título,1986. Pintura. 50 X 60cm. Coleção Carlos Sena.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Carlos Sena</span><br /><br />Na consolidação do processo artístico em Goiás, um nome é unanimemente reconhecido por sua participação notória, tanto como artista quanto como professor: <span style="font-weight:bold;">Cléber Gouvêa</span> (Uberlândia/MG, 1942 – Goiânia/GO, 2000).<br /><br />Em 1954, com apenas 12 anos, Cléber iniciou o seu aprendizado de técnicas artísticas com Jared Queiroz, em sua cidade natal, Uberlândia (MG). Depois, em 1958, ambicionando alçar maiores voos, mudou-se para Belo Horizonte, onde tomou contato com o grande pintor modernista Alberto da Veiga Guignard (1896-1962). Em 1962, atendendo ao convite da escultora Maria Guilhermina, transferiu sua residência para Goiânia para integrar o corpo docente da recém-criada Faculdade de Artes da UFG, onde desenvolveu uma carreira ligada ao ensino de gravura e de pintura e atuou na formação de dezenas de artistas locais por cerca de três décadas. <br /><br />Ao chegar a Goiânia, Cléber logo se entrosou com o meio de arte local, nele criando inúmeras relações e fincando profundas raízes. Desenvolveu relações de parceria com Nazareno Confaloni (1917-1977), Gustav Ritter (1904-1979) e DJ Oliveira (1932-2005), e travou amizade duradoura com Siron Franco, com quem dividiu grandes jornadas de trabalho em um ateliê coletivo. No entanto, a obra de Gustav Ritter, ao que parece, foi a que provocou um maior impacto sobre a obra de Cléber, como se pode observar na sua produção a partir dos anos 70, com o surgimento de formas orgânicas, biomórficas e sintéticas, bem como com o simbolismo que universalizava signos da paisagem regional.<br /><br /> É nesse período que sua obra pictórica deslancha e adquire técnica, poética e plasticidade singulares. Rompe os limites do pequeno meio goiano de arte e insere sua produção no circuito nacional com participações em mostras de grande relevância como a Bienal Internacional de São Paulo (1971), o Salão Global da Primavera no Distrito Federal (1973) e três edições do Panorama de Arte Brasileira, promovido pelo Museu de Arte Moderna de São Paulo (1975, 1979,1983).<br /><br />Cléber foi um artista que pensou a “arte como ofício”; o foco de suas preocupações se centrava na esmerada fatura e no rigor com que desenvolvia seus projetos. Tornaram-se emblemáticos seu domínio e seu conhecimento do aparato de técnicas de pintura. Investigava materiais não ortodoxos e ocupava-se em incorporar areia e folhas de papel na tinta à base de nitrocelulose. As aparências distintas das originais tinham o objetivo de promover certo grau de ilusão, de seduzir o olhar pelas texturas originadas de uma memória do mundo.<br /><br />No seu repertório imagético, passado e presente, natureza e cultura, espaço geométrico e configurações orgânicas fossilizadas (como caracóis, peixes e insetos) mesclam-se à paisagem bruta do sertão, às escritas de um caderno de estudos geológicos e à vontade de penetrar no interior da terra. Com esse repertório desenvolveu uma enorme produção em pinturas – que foram comercializadas em boas galerias nacionais – e realizou grandes painéis em instituições públicas e privadas de Goiânia. Cléber tinha um apreço especial pela grande dimensão das telas, aspecto recorrente ao longo de toda sua obra, mesmo nas suas últimas fases, no final dos anos 90.<br /><br />Durante as quatro décadas em que produziu, Cléber Gouvêa experimentou a liberdade para recriar sua obra: no início, trabalhou um figurativismo modernista; quando sua obra amadureceu, nos anos 70, desvelou enormes abstrações de cores densas e escuras, que destacavam as qualidades materiais da superfície; retomou o figurativo em suas pesquisas sobre a imagem de fósseis; investigou a plasticidade do caderno de geologia de onde extraiu o potencial da escritura e os cortes rochosos; retornou à representação – não óbvia – da paisagem goiana; e, em sua última fase, criou uma série de painéis sobre a Serra Dourada da Cidade de Goiás. A trajetória de Cléber revela sua liberdade experimental para decidir os rumos da sua obra, independente dos grupos de referência ou dos ditames das tendências de época. <br /><br />Na verdade, Cléber constituiu-se em referência para gerações de artistas que receberam os seus ensinamentos ou que, informalmente, desfrutaram de sua convivência. A grande lição que ele procurava repassar se norteava na liberdade de escolha: o método de Cléber procurava dar independência para que, no desenvolvimento de suas pesquisas, os alunos encontrassem sua linguagem. Em face disso, não incentivou uma “escola Cléber de pintura” e tampouco deixou discípulos; procurou incentivar os jovens artistas a descobrir seus próprios meios e repertórios para empreender uma trajetória particular de sujeito da sua arte. <br /><br />A Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás, ao permitir que novas gerações entrem em contato com essa pequena amostragem da obra de Cléber, abre caminhos para futuras pesquisas que adensarão a leitura de sua produção, instiga futuras exposições retrospectivas sobre um dos artistas mais completos dessa instituição de ensino de arte, além de permitir o encontro com a memória do grande e generoso amigo, que não tinha medo de quebrar as normas e regras acadêmicas, em favor do bom desenvolvimento do aprendizado artístico.<br /><br />Carlos Sena Passos<br />Professor de História da Arte Moderna e Contemporânea da FAV/UFG.<br />Diretor do Espaço Cultural da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFG<br /><br />Texto publicado originalmente no catálago da exposição "Tempo de rever Cleber Gouvêa" - Galeria da Faculdade de Artes Visuais da UFG, junho de 2009.Carlos Sena Passoshttp://www.blogger.com/profile/09454512078196286029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5525184122199900478.post-46799595504089282032009-03-03T15:28:00.000-08:002010-06-28T07:48:05.474-07:00Galeria da FAV de 2001 a 2006 - Percurso e reflexão I<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdWZaYs25HpoHLgKIdjE5DybIVY8HbzITB4rsn47FWxfi9ogbcPyU53d6tPB2xrbYAwXdccfT6BixnHM-8cvZWonIyZeW22swxDT5Lm5WlsFeCZS1VWeUygk5RTVLuUL_LT3qome653RCy/s1600/celio+braga.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 217px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdWZaYs25HpoHLgKIdjE5DybIVY8HbzITB4rsn47FWxfi9ogbcPyU53d6tPB2xrbYAwXdccfT6BixnHM-8cvZWonIyZeW22swxDT5Lm5WlsFeCZS1VWeUygk5RTVLuUL_LT3qome653RCy/s320/celio+braga.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5482976527867264834" /></a><span style="font-weight:bold;">Célio Braga.</span><br /><br /><span style="font-weight:bold;">Carla Abreu - Entrevista Carlos Sena</span> <br /><br /><span style="font-weight:bold;">Carlos Sena</span> nasceu na Bahia e reside em Goiânia desde o início dos anos 70. Formado em Licenciatura em Desenho e Plástica pelo Instituto de Artes da UFG, ele se tornou durante os anos 80 um dos pintores mais importantes de Goiás. Sua pintura ficou famosa pela pesquisa figurativa, pela feição melancólica e sensual de suas personagens, pela qualidade técnica de sua fatura. Nos anos 90 Carlos Sena ingressou como professor na FAV (que na época ainda chamava-se Instituto de Artes) e passou a dividir sua atuação de artista com a de professor e pesquisador. Obteve o título de mestre em Arte Publicitária e Produção Simbólica pela ECA/USP, com a dissertação “O artista embalado: uma aventura da embalagem na arte do século XX”. Como artista abandonou a prática da pintura e passou a pesquisar outros suportes, materiais e linguagens, passando pelo objeto, pela instalação e pelas linguagens digitais, desenvolvendo um universo plástico e crítico sobre a produção massificada de imagens. Sua obra foi vista em exposições no Brasil e no exterior e está em importantes coleções públicas como Coleção Gilberto Chateaubriand do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Museu de Arte Contemporânea de Goiás e Casa das Onze Janelas em Belém. Como professor leciona de modo apaixonado as disciplinas História da Arte Moderna e Contemporânea gerando reflexões sobre os caminhos da arte. Suas atuações como curador e pesquisador estão envolvidas em mapear e em criticar a produção contemporânea de Goiás. Sena foi um idealizador da Galeria da FAV; foi seu primeiro coordenador no período de 2002 a 2006 e organizador do projeto Ampliação do Acervo Artístico da FAV. Atualmente ocupa a Direção do Espaço Cultural da PROEC/UFG e prepara o espaço para se tornar num centro de excelência em cultura na Universidade Federal de Goiás. <br />Decidi realizar essa entrevista com Carlos Sena para colher de sua narrativa fluente e professoral um depoimento sobre a história das exposições de arte na Faculdade de Artes Visuais, para colher um registro sobre as reflexões e as práticas, as escolhas e os processos que definiram o percurso da Galeria da FAV. Nessa entrevista Sena aborda a memória das instituições acadêmicas, o papel da arte na educação, o nascimento da Galeria da FAV, as funções de uma galeria acadêmica, os conceitos e métodos adotados durante a trajetória entre 2001 e 2006, fala sobre seu compromisso com a arte contemporânea e sobre seu projeto de ampliação do acervo.Carlos Sena Passoshttp://www.blogger.com/profile/09454512078196286029noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5525184122199900478.post-65291980031444857712009-03-03T15:18:00.000-08:002009-03-16T14:52:44.621-07:00Galeria da FAV de 2001 a 2006 - Percurso e reflexão II<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQjdjEIsCE99UFnzqV8lQPS2Qz6iwuE6hl6yJlheo2MYeNYvxRyEMKBNuzrrtBso0eMyuw5MsGGGAjjloI0GXLzEzrfdKZwquSM3tfOq6wKOP_D6ECr63GSr0phOpuGT_-oRXv01VHfON9/s1600-h/divino+sobral.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 116px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQjdjEIsCE99UFnzqV8lQPS2Qz6iwuE6hl6yJlheo2MYeNYvxRyEMKBNuzrrtBso0eMyuw5MsGGGAjjloI0GXLzEzrfdKZwquSM3tfOq6wKOP_D6ECr63GSr0phOpuGT_-oRXv01VHfON9/s320/divino+sobral.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5313906693056154418" /></a>
<br /></a><span style="font-weight:bold;">Divino Sobral</span>. Avizinhamentos, b53 e b54, 2007. Fotografia digital. 74 X 100cm cada.
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<br /><span style="font-weight:bold;">Entrevista a Carlos Sena por Carla Abreu</span>
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<br /><span style="font-weight:bold;">Para entendermos melhor a respeito do propósito de criação da Galeria da FAV, o senhor poderia iniciar essa conversa traçando uma trajetória histórica dos espaços de exposição ligados a Faculdade de Artes da UFG?
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<br /><span style="font-weight:bold;">CS</span> - A galeria desempenha hoje o papel que antes era outorgado à sala expositiva do Museu de Arte Moderna, que foi, um dia, parte integrante do Instituto de Belas Artes de Goiás, o núcleo gerador da atual FAV.
<br /> Esse espaço expositivo foi ceifado pela ditadura militar gerando uma lacuna de mais de trinta anos, durante os quais a escola não produziu exposições nas suas dependências ou num espaço agregado a ela.
<br />É necessário dizer que nem mesmo o Instituto de Artes (que era uma composição das escolas de artes plásticas e música) tinha uma sede própria. Foi sediado a princípio num dos blocos da Escola de Engenharia que não tinha instalações adequadas para tal finalidade. No IA ocorriam apenas duas mostras anuais: o Salão Estudantil de Artes da UFG e o Festival de Música e Artes Plásticas da UFG. Eventos que escoavam a produção semestral e que concediam premiações, e que aconteciam em espaços solicitados para tal fim: o foyer do Teatro Goiânia, o mezanino do Museu Zoroastro Artiaga, a sala de entrada da Biblioteca Municipal do Palácio da Cultura; mas também podia ocorrer numa loja revendedora de automóveis. Enfim, não havia espaço expositivo no Instituto.
<br />Somente no final da década de 80 o Instituto de Artes conseguiu construir uma sede própria no Campus Samambaia.
<br /> Foi com a mudança para as novas instalações que experimentou ter um espaço expositivo, ainda que completamente inadequado para os novos critérios de montagem vigentes a partir dos anos 90. Nesse período os procedimentos do curador e do designer de montagem adentraram no circuito brasileiro de maneira mais forte e passaram a intervir nas montagens de exposições, e já era muito comum ver nos centros mais avançados espaços preparados com arquitetura, iluminação e sinalização condizentes com a montagem de mostras bem cuidadas.
<br /> Esse não era o caso do então espaço de exposições projetado.
<br />Na verdade ele era uma sala bastante tímida, que ficava entre o foyer do auditório e a sala de entrada ao lado da cantina. Era retangular com paredes de vidro, com um pé direito muito baixo, com apenas duas pequenas paredes de alvenaria que ostentavam um grande relógio e uma placa, além dos furos e descascados de pinturas.
<br />As mostras de então eram organizadas amadoramente por um ou outro professor, sempre no intuito de fazer escoar a última produção da sua sala de aula. Não havia curadoria e quase sempre nem mesmo seleção, muito menos ainda expografia. Os trabalhos de desenhos, gravuras e pinturas, uns quase colados nos outros, forravam pequenos e sujos painéis de eucatex, com aquela antiga estrutura de placas únicas horizontais suspensas sobre pés e com altura baixíssima. Enfim, tudo contribuía para diminuir o objeto exposto à condição de quase coisa nenhuma, (entre aspas), tamanho era o destrato e a desimportância que aquilo tinha.
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<br /><span style="font-weight:bold;">Como se deu o seu contato com essa realidade? O senhor propôs alguma coisa para alterar essa situação? </span>
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<br /><span style="font-weight:bold;">CS</span> - Assim que entrei na FAV como professor substituto em 1990, me solicitaram para organizar uma exposição para o dia do artista plástico – 08 de maio. Faltavam exatamente quinze dias para essa data, mas, topei na hora. Acionei todos os meus contatos e durante a semana que antecedeu a mostra, eu e um pequeno grupo de novos artistas passávamos horas montando a exposição. Ocupamos todo o prédio, e no dia 08 de maio de 1990, toda a imprensa esteve presente para documentar a mostra. Em matérias de capa os jornais falaram de uma espécie de batismo cultural da nova escola. A notícia da exposição correu como um rastilho de pólvora e o Campus II desceu em peso para ver a mostra. Muita gente de Goiânia se deslocou até ali. Foi grande o volume de visitantes e de escolas que lotavam os corredores o dia inteiro durante os quinze dias da mostra; nessa altura, ficou impossível manter o ritmo normal das aulas, pois o lado de fora das salas estava muito mais atraente...
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<br /><span style="font-weight:bold;">O que se viu nessa primeira mostra que foi a inaugural da sede do Instituto de Artes da UFG? Depois dela, ocorreram outras mostras dentro dessa linha de proposta?
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<br /><span style="font-weight:bold;">CS </span>- O que se viu foi, primeiramente, uma enorme sala (o foyer do teatro) para discutir a Antropofagia; uma outra (a galeria) reservada para a obra de um artista incomum, o Moacir de Alto Paraíso; depois, em vários pontos do prédio viam-se instalações de jovens artistas, intervenções nas rampas e esculturas nos jardins do pátio interno. Nos corredores montei galerias com quadros: a primeira com a história do ensino de arte em Goiás trazia desde os pioneiros Ritter, Confaloni, DJ Oliveira, Peclát, passando por todos que vieram depois deles; uma outra galeria estava montada com obras cedidas em empréstimo por galerias profissionais da cidade e exibia desde Siron Franco, Cléber Gouvêa, Omar Souto, até a então recente geração 80; ainda outra galeria mostrava o Clube da Fotografia de Goiânia e foi curada por Rosary Esteves; uma outra mais, exibia a pintura goiana emergente; e por fim, uma última, que exibia um extrato significante da arte produzida naquela escola.
<br />Realizei a segunda mostra com aspectos similares à primeira, e na terceira enfoquei o ensino de arte nas suas diversas instâncias. O processo amadureceu e uma exposição mais profissional tomou corpo em 1995, intitulada “Ato-All”. Foi uma mostra curada coletivamente em parceria com artistas e que exibiu obras de Lygia Pape, Paulo Bruscky, Antônio Dias, Ricardo Basbaum e Shirley Paes Leme.
<br />Embora pudesse parecer que o processo estava consolidado, a sala de exposição do Instituto de Artes, mal engendrada, continuava a mesma e com sua obsoleta programação. Aliás, eu durante bastante tempo também coordenei essa galeria, organizando a pauta somente com as produções de ateliês da escola. Essa experiência me fez acreditar na necessidade de criar uma galeria na escola com caráter mais profissional.
<br />Passaram-se ainda dez anos de tentativas para se conseguir criar um espaço adequado para as exposições. Fato que só aconteceu em 2001, durante o processo de reforma para adequar as instalações das duas faculdades – Artes Visuais e Música –, quando solicitei a mudança da sala de exposições para a marcenaria que seria desativada; o que era um antigo sonho, pois o espaço físico era bem proporcionado e bem localizado, bastante iluminado e bastava leve adequação para se obter um espaço com ótima qualidade expositiva. Com a mudança para esse espaço haveria também a mudança no conceito da sala de exposição.
<br /> É importante destacar que a proposta teve o grande apoio do professor Raimundo Martins, cuja administração na Direção da FAV coincide com os anos em que a galeria foi instalada e gerida por mim. Também a Reitora Milca Severino entusiasmou-se com a proposta e nos apoiou. Assim nasceu a Galeria da Faculdade de Artes Visuais.
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<br /><span style="font-weight:bold;">Galerias em faculdades de artes parecem uma idéia nova. Como se dá a atuação delas no circuito artístico e qual o papel que a Galeria da FAV resolveu desempenhar?
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<br /><span style="font-weight:bold;">CS</span> - Galerias em (ou de) faculdades de artes não são e nem nunca foram novidade, elas sempre existiram e tem sempre atuado como instrumentos importantes no processo de formação artístico e cultural em que estão empenhadas. No Brasil, todas as grandes escolas possuem ao menos um espaço desses, e às vezes até, alguns deles com diferentes vocações.
<br />Os destinos destas galerias no processo de ensino assumem os mais variados papéis, dependendo da linha educativa e também da política cultural que essas instituições estiverem engajadas. Umas desempenham o papel de somente servirem para dar visibilidade a produção acadêmica local; outras, estão abertas ao intercâmbio cultural com outros centros de ensino; outras ainda, abrem a sua pauta para a “democrática” concorrência pública. Além dessas atuações, há também aquelas galerias que se colocam como um campo aberto às experimentações artísticas.
<br />No caso da Galeria da FAV, durante o período de sua instalação e afirmação, trabalhei com a proposta de ser uma galeria contemporânea aberta às experimentações, uma galeria responsável que determina o papel que desempenha em seu meio cultural, que estabelece curadoria sobre as diretrizes das propostas artísticas que veicula, e que se insere dentro do circuito da produção atual envolvendo profissionais diversos, mostras de qualidade conceitual e expositiva, além de espaço qualificado.Carlos Sena Passoshttp://www.blogger.com/profile/09454512078196286029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5525184122199900478.post-83739080419196021722009-03-03T15:06:00.000-08:002009-03-15T14:57:20.083-07:00Galeria da FAV de 2001 a 2006 - Percurso e reflexão III<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9nOdmoUOzp02zFD90L_yZ280vTQv0YxB6dfMBK9QrWCTsAkx8NVNtF5ThRgS8VwsfPZqIznYAFYmwSPL7C5CVqSCKnx8HIkgwKgZqLtBY-bRGE_LTMq3YMGQwOvCjcemYUPHAM8cKilaG/s1600-h/marcelo+sola.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 243px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9nOdmoUOzp02zFD90L_yZ280vTQv0YxB6dfMBK9QrWCTsAkx8NVNtF5ThRgS8VwsfPZqIznYAFYmwSPL7C5CVqSCKnx8HIkgwKgZqLtBY-bRGE_LTMq3YMGQwOvCjcemYUPHAM8cKilaG/s320/marcelo+sola.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5313536967006885698" /></a><br /><span style="font-weight:bold;">Marcelo Solá</span>.Sem título, 2008. Óleo, aquarela, lápis de cor e monotipia sobre papel. 100 X 120cm.<br /><br /><br /><span style="font-weight:bold;">Entrevista a Carlos Sena por Carla Abreu</span><br /><br /><br /><span style="font-weight:bold;">O senhor poderia falar um pouco sobre o impacto, a ressonância e o reconhecimento desse trabalho desenvolvido na Galeria da FAV?</span><br /><br /><span style="font-weight:bold;">CS </span>- A galeria imprimiu um padrão de excelência que influenciou diversas instituições e galerias de Goiânia e do interior de Goiás. O trabalho da galeria tornou-se modelo e referência. A expografia das montagens com o cálculo da posição de cada obra e com a qualidade impecável da pintura das paredes; a identidade gráfica dos seus impressos de esmerado cuidado. A galeria abriu diálogos com a imprensa local e teve todas as suas mostras registradas pelos jornais. Formatou um mailing especializado na área artística, que consta de artistas, críticos, pesquisadores, museus, galerias, espaços culturais, universidades, colecionadores e aficionados em arte, e que permitiu a divulgação e o reconhecimento do trabalho efetuado pela galeria em outros estados. Treinou montadores, monitores, designers gráficos e produtores formando novos profissionais para o circuito local. Abriu-se para um campo de estágios e também de pesquisas que tem alimentado diversas monografias, dissertações, etc, e mesmo trabalhos desvinculados oficialmente da FAV, como é esse seu agora.<br />Eu esperava pela ressonância devido aos critérios com que cerquei a galeria. E ela veio com força. A galeria recebeu elogios de relevantes nomes da crítica especializada brasileira que a visitou: Agnaldo Farias, Tadeu Chiarelli, Felipe Chaimovich, Daniela Bousso, Cristiana Tejo e Ana Mae Barbosa, dentre outros, nos cumprimentaram pelo nosso desempenho.<br />Esse trabalho me trouxe convites para debates sobre cultura no Paço das Artes de São Paulo e sobre formação de acervos no IDA/Unb, em Brasília, e também foi comentado de maneira positiva em dois relatórios que diagnosticavam a situação da arte brasileira, elaborados pelo programa Rumos Artes Visuais Itaú. <br /><br /><span style="font-weight:bold;">Como o público e a população goiana se relacionam com a Galeria da FAV?<br /><br />CS</span> - O primeiro público da Galeria da FAV é a sua comunidade acadêmica. A galeria nasceu para suprir a carência de um grupo significativo de alunos que se formavam ano após outro, sem nunca terem tido o mínimo contato com exposições profissionais de arte, em galerias ou museus. Também não é pequeno o número de professores que, ainda hoje, não cultivam o hábito de freqüentar exposições de arte. <br />Acredito que a fruição direta de obras de arte de grandes artistas é uma experiência única e insubstituível. As reflexões que podem advir disso são inúmeras e é difícil calcular o real impacto sobre os indivíduos, principalmente os que estão no processo de formação. O fato é que esse contato mostra-se sempre muito positivo no refinamento de um processo educacional. <br />A galeria é um espaço acessível para toda a comunidade acadêmica da UFG que se interesse pela atualização da cultura. Algumas unidades participam mais ativamente, como é o caso do pessoal da Comunicação e do Jornalismo, mas de uma maneira geral ela recebe visitas de todos os segmentos, dos diversos cursos, de alunos e professores que vão dos doutorados nas diversas áreas da UFG até crianças do Colégio de Aplicação. Mas também é muito comum receber turmas de escolas da rede pública de Goiânia, além do público aficionado em artes, que enfrentam distâncias para visitarem as mostras da FAV. Esse último segmento do público nunca foi grande, mas é crescente.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Por ser um espaço cultural de uma universidade, a galeria assume outros papéis e funções, entre eles, o de ser um laboratório de experimentações estéticas. Poderia falar um pouco mais sobre essa questão?<br /></span><br /><span style="font-weight:bold;">CS</span> - Uma galeria de arte instaurada numa faculdade reivindica para si outras funções didáticas e pedagógicas que são diferentes das funções de outras galerias institucionais, ligadas aos museus ou aos espaços culturais de diversas ordens. O que norteia a universidade pública também norteia o desempenho da galeria para o exercício de formação cultural com que está compromissada. Uma galeria aqui é palco para o desempenho dos variados papéis que o ensino, a pesquisa e as diversas ações extensivas possam suscitar.<br /> É um laboratório onde poder ser observados os comportamentos da arte da atualidade, as experiências com o conceito de arte, com as poéticas hodiernas, com as linguagens e as técnicas da arte, com os conceitos de história, crítica e curadoria de arte, etc.<br />É muito comum na galeria encontrar rodas de alunos informalmente sentados no chão enquanto um professor desenvolve a sua aula, que incorporou aquela situação expositiva como manancial a ser explorado; ver grupos de pessoas discutindo propostas artísticas, técnicas, poéticas, ou ainda pessoas introspectivas em anotações de impressões e reflexões para o exercício de redações, discussões, debates e críticas. Tudo isso é mais comum presenciar aqui, do que num vernissage social de espaços que não são diretamente ligados a educação. <br />Além disso, as diversas situações engendradas durante a produção de uma exposição de arte, é também um excelente laboratório onde se pode praticar como esse sistema funciona em todos seus meandros, da expografia adequada a cada situação, passando pelo setor de produção da mostra, com peças gráficas, divulgação virtual, divulgação impressa, catalogação e difusão. A galeria articula também com o ensino nas ações educativas com os mediadores/monitores preparados para as diversas solicitações do público. <br />A galeria é laboratório para diversas pesquisas, redações, artigos, trabalhos de conclusão de curso, monografias, dissertações, teses, etc. A eficácia desse laboratório de estética é visível, sobretudo, na produção artística local, e não estou falando apenas dos trabalhos acadêmicos, mas, sobretudo, da produção dos docentes, que diariamente são instigados a adequar suas práticas de arte às novas situações, e estas, sabemos, são constantemente ampliadas e renovadas.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Poderia nos descrever como foram as exposições realizadas no percurso já traçado pela FAV, citando curadorias, montagens e artistas relevantes que participaram das mesmas?</span><br /><br /><span style="font-weight:bold;">CS </span>- Durante esse percurso de implantação da Galeria da FAV, busquei adotar um perfil que fosse pluralista e diversificado. <br />O calendário de exposições priorizou mostras coletivas para enfatizar a grande envergadura da arte contemporânea. Exibiu apenas quatro mostras por ano e que tinham uma duração maior que as do mercado de arte e mais compatível com as do circuito museológico. Haviam intervalos entre as mostras para que os setores de produção e pós-produção pudessem atuar. No percurso em que participei diretamente, coordenando a galeria, foram um total de 25 mostras. A maior parte curada por mim, e umas poucas curadas por profissionais ligados a essa área. <br />As exposições diziam respeito às questões que são objetos de investigação da arte atual. Geralmente a curadoria parte de uma idéia geral, situada no âmbito do conceito, e que é enriquecida pela pesquisa e pela abordagem crítica até desembocar num conjunto de produções artísticas, capaz de discutir e deslocar essa idéia inicial.<br />A montagem acurada ajuda a clarear o conceito com mais precisão. Entretanto, dado a natureza individual das pesquisas dos artistas que produziram suas obras distante da abordagem crítica que essa situação expositiva organiza, tais obras devem funcionar como únicas, embora participem daquela discussão. É um trabalho sofisticado que exige muito rigor, pois a hiper-valorização do discurso expositivo pode embotar a obra, e essa é a última coisa que uma curadoria deve fazer, pois a obra deve sempre aparecer em todo seu vigor. A obra transcende a leitura curatorial; embora se acomode nela, suscita sempre outras interpretações e outros níveis de análise crítica.<br />Quanto aos artistas, a relevância dada pela notoriedade ou pelo reconhecimento público, dignifica e confere credibilidade à exposição. A escolha precisa da obra de cada artista abre caminhos na abordagem curatorial. Como estamos falando de 25 mostras, entre as quais apenas duas foram individuais, fica difícil citar aqui todos os artistas participantes, pois foram mais de 150. Mas tivemos o enorme prazer de exibir obras de artistas brasileiros como Cildo Meireles, Paulo Bruscky, Nelson Leirner, Ricardo Basbaum, Eduardo Frota, José Rufino, Martinho Patrício, Nina Morais, Fabiano Gonper, Gê Orthoff, Lucas Bambozzi, Walton Hoffmann, Eliane Prolik, Tatiana Grinberg, Élder Rocha, Mônica Schoenaker, dos goianos Siron Franco, Marcelo Solá, Edney Antunes, Divino Sobral, Grupo Empreza, e muitos outros com relevância no circuito ou com excelentes produções.<br />Entre as exposições que eu curei tenho carinho muito grande por “Hodiernos”, “As aparências não enganam”, “Raio X”, a mostra individual do cubano Ruslán Torres. Também as mostras “ABC” (Arte brasiliense contemporânea), “Heterodoxia” e “Transverso” foram marcantes.Carlos Sena Passoshttp://www.blogger.com/profile/09454512078196286029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5525184122199900478.post-65947120863318211972009-03-03T14:58:00.000-08:002009-03-16T14:57:49.631-07:00Galeria da FAV de 2001 a 2006 - Percurso e reflexão IV<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEDiLkhnVoundhHIxkEu5_TcpxWxEA2txegYN9rJ2ylquEncLpD-U5P8ypxmq213zkEjj0yWg305F8Y0TdnejVKXxVc2Ha_wqpQ-E5hMno4ZDNPFC-43b3hcENR-Cty1l-R2QPq90kCtt9/s1600-h/juliano+moraes.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 229px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEDiLkhnVoundhHIxkEu5_TcpxWxEA2txegYN9rJ2ylquEncLpD-U5P8ypxmq213zkEjj0yWg305F8Y0TdnejVKXxVc2Ha_wqpQ-E5hMno4ZDNPFC-43b3hcENR-Cty1l-R2QPq90kCtt9/s320/juliano+moraes.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5313908036661479970" /></a>
<br /></a><span style="font-weight:bold;">Juliano Moraes</span>. Escada ensimesmada, 2006. Madeira e graxa, 180 X 150 X 40cm.
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<br /><span style="font-weight:bold;">Entrevista a Carlos Sena por Carla Abreu</span>
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<br /><span style="font-weight:bold;">De que forma a comunidade acadêmica participou desse processo? Existia algum programa em que suas produções também pudessem ser exibidas?</span>
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<br /><span style="font-weight:bold;">CS</span> - Sempre acreditei que o paternalismo ou protecionismo à produção acadêmica ao invés de ajudar o aluno a enfrentar os desafios e dificuldades que assomarão no seu caminho profissional, mascaram um sucesso relativo junto ao seu grupo de referência, que em nada contribuirá de fato para o seu amadurecimento artístico. Acredito que o papel da galeria para uma formação responsável, deve, ao contrário das facilitações, criar algumas dificuldades que sirvam como estimulantes desafios para as realizações futuras. Uma galeria universitária que paute a sua agenda apenas na produção acadêmica, pode, por um lado, estimular a produção caseira, mas por outro, impede a transcendência dos limites dessa comunidade acadêmica, formando uma escola que olha para o seu próprio umbigo.
<br />Creio que o contato direto com a boa produção artística, principalmente a dos profissionais desse sistema, é uma experiência enriquecedora em todos os sentidos, e é mais que função de uma instituição formadora de conhecimento, é obrigação dela, propiciar essa experiência.
<br />No entanto, qualquer gestão compromissada com a atuação local deve criar sistemas de inserção dessa comunidade na sua programação, e isso também pautou a minha diretriz. Não apenas a comunidade discente, mas também os docentes participaram de mostras. A inclusão da comunidade discente também era feita de forma rigorosa, mas extremamente respeitadora das conquistas individuais dos alunos, nos diversos desafios que a vida extra-acadêmica dispõe para eles. Desenvolvi dois programas em que os alunos podiam participar e tirar deles experiências profissionais: no primeiro, chamado “Diálogos possíves”, os alunos eram cooptados através de referências dos seus professores sobre a excelência das suas produções, e posteriormente dividiam espaço expositivo com docentes da FAV, possibilitando assim múltiplos diálogos entre duas gerações, destituindo barreiras de reconhecimento público, nivelando-os pelas produções. Outro programa, “Raio X”, traçava um diagnóstico da produção emergente da FAV no circuito profissional, quer seja local ou nacional. Para esse último o aluno, na verdade, tinha que ter emergido de alguma forma, ser selecionado por salões de arte, ou recebido convites para boas mostras; enfim, já ter recebido algum reconhecimento por empreitadas individuais. Assim, por seus próprios méritos, o elenco de convidados organizava-se naturalmente.
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<br /><span style="font-weight:bold;">Quando surgiu a idéia de iniciar uma política de formação de acervo para a FAV? E como ela evoluiu?</span>
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<br /><span style="font-weight:bold;">CS</span> - No aniversário da UFG em 1997, organizei uma mostra com as obras que estavam nos gabinetes da FAV. Montei o conjunto na antiga galeria, que naquele momento tinha sido reformada embora permanecesse inadequada. Nessa exposição acrescentei ainda algumas obras solicitadas a alguns jovens professores, numa tentativa de atualização do processo. Escrevi um texto apresentando a exposição como o acervo da FAV, e, apesar da timidez do conjunto, aquilo teve um impacto muito positivo sobre toda a comunidade. Então, começou a ser cada vez mais freqüente se ouvir falar sobre o acervo da FAV.
<br />No processo de fundação da galeria, discuti muito com o Raimundo Martins a necessidade de levar essa idéia de acervo à frente, como um núcleo gerador de um futuro museu. O apoio dele foi fundamental. Então criei o projeto Ampliação do Acervo Artístico da FAV, registrado na PROEC, e já estou trabalhando nele há seis anos.
<br />A partir da pesquisa e da análise das obras dos artistas que considero relevantes à História da Arte em Goiás, escrevi um estudo intitulado “Arte Contemporânea em Goiás – de 1960 até a atualidade” (que aguarda publicação) e essa obra é que me norteia na organização da coleção.
<br />Sobre as aquisições levantadas por meu projeto produzi dois catálogos e alguns folderes; realizei três exposições e algumas palestras.
<br />Recentemente, artistas brasileiros procuraram o projeto para doarem suas obras, e vi nisso a possibilidade de ampliar o diálogo da produção local com a nacional, incorporando estas produções.
<br />Atualmente a coleção por mim organizada contém cerca de cem obras em modalidades as mais diversas, entre pintura, escultura, desenho, gravura, objeto, instalação e vídeo-arte.
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<br /><span style="font-weight:bold;">Quais foram os critérios definidos e como são constituídos os vínculos para compor o acervo da Galeria da FAV?</span>
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<br /><span style="font-weight:bold;">CS</span> – O acervo da FAV é eclético e compõe-se de diversas coleções que também tiveram diversas origens: a primeira coleção foi formada por um parco número de obras (pinturas, desenhos, esculturas e gravuras) de antigos professores do Instituto de Artes e de ex-alunos que foram premiados nos Salões de Arte que essa escola promoveu (tenho uma obra incluída nessa coleção pioneira). A segunda coleção veio pronta como doação do Banco Central à FAV, e é formada por gravuras (serigrafias) de artistas do modernismo brasileiro. A terceira coleção foi organizada pela Profª Edna Goya e é composta de obras de gravadores goianos. Finalmente, a quarta coleção, Hodiernos, é fruto da minha pesquisa sobre a arte local e do meu trânsito como artista e produtor cultural nos circuitos local e nacional.
<br />Eu somente posso falar dos critérios estabelecidos dentro do meu projeto de ampliar o acervo artístico da FAV.
<br />Sob o conceito de Hodiernos, organizo uma coleção de arte contemporânea com ênfase na produção goiana, e com alguma amostragem de arte brasileira. A coleção é formada a partir de doações mediadas pela minha pessoa, e o primeiro critério para isso é o reconhecimento público da qualidade da obra do artista e sua historicidade, a importância de sua obra e de seu currículo. Como segundo critério, a relevância da obra doada, que deve estar inserida na trajetória do artista. Depois, enumeram-se a possibilidade da obra ser conservada numa coleção pública, na instável situação brasileira; e mais critérios relacionados às dimensões para o armazenamento e ao estado de conservação.
<br />As doações são legitimadas pelos artistas doadores sob assinaturas de Termos de Doação, documentos legais que eximem a UFG de qualquer ônus sobre essa transação e ainda termos de cessão dos direitos de uso da Imagem da obra para a UFG;
<br />Quanto aos vínculos institucionais, a coleção recebe a chancela de instâncias superiores. As obras doadas são submetidas à aprovação do Conselho Curatorial e Consultivo da Galeria da FAV, e posteriormente também referendadas pelo Conselho Diretor da FAV. Outro vínculo deve ser estabelecido com o processo de tombamento como patrimônio público da UFG.
<br />No mais, os processos de difusão do acervo e a lida diária pela acomodação e conservação da coleção envolvem desde capacitação e qualificação de diversos agentes profissionais, até a adequação e, às vezes, construção dos espaços para que a coleção possa crescer, para que possa permanecer viva para as gerações futuras. É essa minha proposta.Carlos Sena Passoshttp://www.blogger.com/profile/09454512078196286029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5525184122199900478.post-7869601551566573262009-03-03T14:39:00.000-08:002009-03-15T14:59:56.640-07:00Galeria da FAV de 2001 a 2006 - Percurso e reflexão V<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXrlXzZNkQX_0R4btPTMHzfKIG_qfVj9talXFBNT2933gUmz5hgvfHej9LXpdf-mFwbLW5RVUXSfqoqIDa5vn7VY8K2nfKOLu0OgYwRsdriRQqsNPNNkXCjaYp4T-RxLkgWD7TJ2zLDKQm/s1600-h/julio+ghiorzi.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 164px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXrlXzZNkQX_0R4btPTMHzfKIG_qfVj9talXFBNT2933gUmz5hgvfHej9LXpdf-mFwbLW5RVUXSfqoqIDa5vn7VY8K2nfKOLu0OgYwRsdriRQqsNPNNkXCjaYp4T-RxLkgWD7TJ2zLDKQm/s320/julio+ghiorzi.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5313537598641028354" /></a><br /><span style="font-weight:bold;">Julio Ghiorzi</span>. Sem título, da série Pinturas Gêmeas, 2005. Díptico: esmalte sintético sobre placa de celulose. 93 X 184cm.<br /><br /><br /><span style="font-weight:bold;">Entrevista a Carlos Sena por Carla Abreu</span><br /><br /><br /><span style="font-weight:bold;">Quais são as principais dificuldades encontradas para formar e ampliar a coleção?</span><br /><br /><span style="font-weight:bold;">CS</span> – Creio que, numa visão mais abrangente, considerando o estado atual das coisas, as grandes dificuldades em iniciar coleções para o patrimônio público, pautam-se na desqualificação inicial dos recursos humanos, na falta de aparato material condizente para o armazenamento, conservação e restauração de obras e na inadequação dos espaços arranjados para organizar a coleção. <br />Responsabilizar-se por uma coleção é um compromisso feito com o futuro, que envolve o convencimento de diversas outras instâncias sobre as necessidades para armazenar, conservar, catalogar, pesquisar e disponibilizar ao público. <br />É muito mais que um simples exercício de poder de amealhar patrimônio, ou vaidade pessoal centrada na escolha de obras para compor uma coleção institucional. É uma relação subjetiva, embora, eu diria até que, de fato, eu não escolho os artistas, mas, as suas obras e os seus currículos é que os projetam para a coleção. O que faço é uma mediação centrada nas suas produções, busco o que seja extremamente significante para se deixar como legado cultural de nossa época. Eu sempre solicito o que houver de melhor nas produções, e na medida do possível, a resposta tem sido bastante positiva.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">A Galeria da FAV é um espaço pequeno, o senhor tem planos para a continuidade deste processo de ampliação do acervo?</span><br /><br /><span style="font-weight:bold;">CS</span> – Para mim, a galeria deve sempre ter uma postura afinada com o seu tempo histórico, deve participar ativamente na construção de uma identidade contemporânea, ser um núcleo fomentador e difusor da arte atual e ter no presente a sua tônica principal. <br />Quando nasceu com sua vocação à contemporaneidade a galeria se propunha ser também o núcleo gerador de uma política cultural que visasse, ao seu fim, a criação do Museu de Arte da UFG, unindo o presente ao passado e ao futuro. Na minha concepção o museu não deveria se iniciar pela construção de um belo espaço arquitetônico, mas, ao contrário, pela formação e desenvolvimento de um acervo expressivo, que sujeito às necessidades reivindicaria para si investimentos para sua manutenção, geraria inúmeros problemas que deveriam ser sanados. O acervo requer a construção do Museu.<br />Outros aspectos importantes para o crescimento do acervo são a qualificação e o aprimoramento dos recursos humanos, e o investimento na reserva técnica, de modo a permitir a solução de problemas que decorrem da formação deste tipo de coleção.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Em que medida a coleção Hodiernos, que o senhor organiza, participa da construção desse momento histórico?<br /></span><br /><span style="font-weight:bold;">CS</span> – A História da Arte depende da organização de acervos. A produção artística do passado não foi colecionada pela Universidade, e uma grande lacuna existe para ser preenchida por outras frentes de trabalho num futuro bem próximo, eu espero.<br />A coleção Hodiernos é parte fundamental nesse processo de organização do legado artístico e investe na construção de um patrimônio histórico deflagrado pela condição artística atual. É muito complexo iniciar uma coleção que revele toda a nossa história local, em contato com a produção nacional (o que, a princípio, é a vocação da nossa coleção), se tivermos a preocupação cronológica e acharmos que devemos iniciar esse processo numa perspectiva histórica do tipo: pioneiros, trajetórias e atualização do presente. <br />A coleção Hodiernos inverte essa ordem. O próprio nome escolhido para a coleção já diz que é atual, de hoje em dia, uma contínua atualização das condições de se fazer arte. É a minha contribuição para o processo geral de organização do acervo memorial que partilho com os artistas do meu tempo.<br />Mas, por um outro lado, se formamos uma coleção a partir de elementos do presente, acabamos por revelar o desconforto da não organização do patrimônio passado, e essa falha nos instiga a correr atrás da recuperação da história passada, o que é muito mais difícil de ser resolvido porque envolvem espólios familiares, leis de incentivo, doações e aquisições mais complexas. <br />A inclusão da produção do presente numa coleção pública, no entanto, deve ser cuidadosa e responsável. Não deve visar a princípio o meu gosto e minhas relações pessoais com o meio. Deve sim revelar o melhor da produção artística, a preocupação cultural do meu tempo histórico. E só se consegue organizar uma ação como essa tabulando currículos, investigando trajetórias, mergulhando nas análises críticas dessas produções. Então, cada peça que entrar para a coleção deverá ser significativa na trajetória do artista, deve ter um histórico anexado a ela. Enquanto à instituição cabe se compromissar em guardá-la adequadamente, conservá-la, restaurar se for o caso, para que possa disponibilizar esse patrimônio a exposição pública, além de torná-lo objeto de constantes pesquisas.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Como são as novas obras que passam a integrar a Coleção Hodiernos, e que são apresentadas nessa publicação?</span><br /><br /><span style="font-weight:bold;">CS</span> – É um conjunto de obras envolvendo pintura, desenho, colagem, fotografia, objeto e instalação. Muitos dos artistas possuíam obras na coleção, mas nessa oportunidade renovaram suas doações. Também foram incorporados alguns artistas bastante relevantes no nosso processo histórico e que ainda não tinham obras na coleção, e numa proporção bem menor foi cooptado o extrato mais emergente da produção atual, artistas que apesar de ainda muito novos, já promoveram atuações relevantes e foram alvos do reconhecimento crítico; então, dado a grandeza dos seus feitos e a excelência das suas produções, atualizam agora, a proposta Hodiernos.<br />Eu entendo que uma coleção pública de uma instituição do porte da Universidade Federal de Goiás não deve ser objeto de especulação. Ela deve ser comprometida com a própria dimensão da pesquisa e preocupada com o repasse de questões culturais. A qualidade das obras e os percursos individuais dos artistas os indicam às coleções responsáveis pelo arquivamento dessas memórias de época. Ou seja, a instituição apenas reconhece o mérito dos seus feitos. <br />Nesse sentido, o novo conjunto de peças que passa a integrar a coleção Hodiernos, ampliando-a para cerca de cem obras, é um extrato atualizado e muito significativo da trajetória histórica da arte contemporânea de Goiás. <br /> Siron Franco que está no circuito artístico desde os anos 70 e continua ainda hoje com produção vigorosa, foi agora incluído na coleção Hodiernos. A amostragem se amplia com obras atuais de artistas que surgiram na efervescência dos anos 80, como eu mesmo, Selma Parreira, Ciça Fittipaldi, Elder Rocha, Elyeser Szturm, Edney Antunes, Enauro de Castro, Luís Mauro, Célio Braga, Rosa Berardo, Dulcimira Capisani e Zé César. Sequencialmente as produções atuais da geração que fez a sua incursão artística durante os anos 90, como Marcelo Solá, Divino Sobral, Juliano de Moraes, Pitágoras, Telma Alves, Anahy Jorge, Paulo Veiga Jordão e Rodrigo Godá. Por fim a atualidade através da produção que emergiu a partir do ano 2000, com as obras de Sandro Gomide, Helga Stein e Marcus Freitas. Numa visão ampliada da produção contemporânea de Goiás incorporei obras de artistas que nasceram no Estado, mas que há muito residem ou atuam fora sem romperem os vínculos com Goiânia, como é o caso de Stein, Freitas, Szturm, Rocha e Braga. Hodiernos exibe assim uma visão pluralista e diversificada da arte contemporânea de Goiás.Carlos Sena Passoshttp://www.blogger.com/profile/09454512078196286029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5525184122199900478.post-49929398688421831072009-03-01T14:34:00.000-08:002009-03-01T14:36:35.565-08:00Siron Franco: Goiânia, Rua 57, outubro de 1987<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLwMFc2xvbVcgmQpiVsSgAoTd30345YuqpBgP5UBqlqEmJ-6ArJEZEsM_zUy00TUOZN2bNnfhDACJi1KiwiopBlEsjrz5uDAtaPtFa1-IR8e4YG_x5BUlVYEQlY0h7GFKohs_cQYmQ910j/s1600-h/d2.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLwMFc2xvbVcgmQpiVsSgAoTd30345YuqpBgP5UBqlqEmJ-6ArJEZEsM_zUy00TUOZN2bNnfhDACJi1KiwiopBlEsjrz5uDAtaPtFa1-IR8e4YG_x5BUlVYEQlY0h7GFKohs_cQYmQ910j/s320/d2.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5158381229959905554" border="0" /></a><br /><p class="MsoNormal" style="font-family:arial;"><span style="font-size:100%;">Carlos Sena Passos*</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: right;font-family:arial;" align="right"><span style="font-size:100%;"><span style=";font-size:11;color:red;" ><o:p> </o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: right;font-family:arial;" align="right"><span style="font-size:100%;"><span style=";font-size:11;color:red;" ><o:p> </o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;">Siron Franco é um artista de obra rica e diversificada, que abarca diferentes categorias como desenho, pintura, objeto, instalação e intervenção em espaços públicos. Sua produção focaliza os diversos conflitos da experiência humana e problematiza as difíceis situações que marcam o nosso tempo: ora discute as implicações da convivência social saturada pela violência e pela bestialidade, ora denuncia as relações de poder viciadas pela crise moral e ética, ora conclama a uma reação diante do colapso do ambiente natural. De vocação crítica e política, é uma obra estofada pela reflexão sobre os traumas e problemas coletivos e visa conversar com o espectador propondo questionamentos capazes de retirá-lo do embrutecimento cotidiano, de alertá-lo sobre os perigos que o cercam e de fazer um chamamento para atitudes compromissadas com a consciência dos valores humanos, da cidadania e da ética. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;">Em 1987, logo que aconteceu e foi divulgado o acidente radioativo com o césio 137 em Goiânia, Siron Franco produziu uma série de trabalhos que problematizavam as dimensões da catástrofe que se abatera sobre a cidade e principalmente sobre o bairro onde vivera sua juventude. <span style=""> </span>A série composta por pinturas – que foram exibidas na Galeria Montesanti, <st1:personname productid="em S ̄o Paulo" st="on">em São Paulo</st1:personname>, ainda na ebulição dos debates que o acidente gerou – e por desenhos – que permaneceram inéditos até a presente publicação nesta Revista da UFG – constrói uma narrativa não linear e pessoal dos sucessivos fatos que marcaram o sinistro acontecimento, formatando um depoimento plástico profundo, e por isto importante, para nós que vivenciamos o acidente e para as gerações futuras que ainda sofrerão suas conseqüências. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;">Ao olhar, agora, para a “Série Césio” de Siron Franco recompomos todo o impacto que o acidente acarretou sobre a paisagem física e humana de Goiânia, revivemos a experiência de um trauma coletivo pulsante ainda em nossa memória.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;">A série percorre um trajeto pela paisagem afetada pelo Césio. É simultaneamente lamentação, questionamento, revolta, denúncia, perplexidade, atitude e engajamento, diante da contaminação de um lugar íntimo e público apossado pela eminência do perigo e coberto pela sombra da morte.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;">Nas pinturas – executadas em técnica mista – existe um sentimento de urgência a impulsionar o gesto que funda as representações, e o espaço da tela é estruturado em função da afirmação da materialidade e da memória dos acontecimentos que marcaram um espaço determinado – Goiânia, Bairro Popular, Rua 57 – em um tempo específico – outubro de 1987.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;"><span style=""> </span>Sobretudo, é importante considerar nas pinturas o uso que o artista faz da terra como matéria pictórica, abrindo para miríades de significações que parecem reafirmar que é desta terra que fomos feitos todos nós, que ela simboliza para nós a fecundidade e a renovação da vida, e que é sobre ela que nos fixamos no solo pátrio, que fundamos nosso lugar de pertencimento e que demarcamos o território em que nos movemos e agimos, tanto em concepções afetivas quanto políticas. A terra “contaminada” de Goiânia foi empregada em camadas espessas que cobrem partes ou toda a superfície dos suportes, como se esse uso reagisse à negatividade impingida à cidade naquele momento: através destas pinturas a terra de Goiânia retoma uma aura de sagrado, impõem-se com uma força telúrica que emana de todo o planeta, e sedimenta um terreno em que problemas centrais para a contemporaneidade são colocados em questão.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;"><span style=""> </span>Relacionado ainda ao lugar onde ocorreu o acidente, Siron Franco traça uma cartografia com mapas que demarcam uma espécie de <i style="">via crucis</i> do Césio 137 em deambulação pela região central de Goiânia. Algumas das pinturas registram a arquitetura presente no Bairro Popular: casas familiares com platibandas simples, alpendres acolhedores, telhados divididos em várias águas e muros frontais de baixa altura; documentam o instante em que o lugar de vida pacata foi abalado por um acidente de alta gravidade, capaz de torná-lo um território sitiado pela maldição de uma estranha luz azul.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;">Siron Franco acompanhou o percurso do Césio 137, documentou seus estragos, suas vítimas, a desolação, a preocupação e a ansiedade da população goianiense.<span style=""> </span>Uma das pinturas da série trata do lugar último onde foram depositados os rejeitos radioativos do acidente. O depósito “provisório” instalado em Abadia de Goiás, na região metropolitana de Goiânia, é representado pelo artista no interior de uma montanha de terra que recobre grande parte da tela, deixando apenas uma nesga de horizonte aparecer ao fundo, na parte superior da pintura.<span style=""> </span>O Depósito é um cemitério com câmaras subterrâneas; lápides e <i style="">conteiners</i> assemelham-se; o que se sepulta ali não é apenas material contaminado, mas também um pouco da vitalidade mais primitiva e essencial à humanidade; é um portal que abre para muita indagação sobre a condução desta história sem definição que é o destino dos rejeitos radioativos.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;">Há outro material extraído da realidade que foi incorporado pelo artista para constituir algumas das pinturas desta série e que também merece consideração. Trata-se de vestimentas, que imersas na materialidade da pintura indiciam a presença dos corpos das vítimas letais imediatas ao acidente. Agregada ao corpo pictórico constituído por planos ora de terra ora de tintas de tonalidades graves ora de cor prata metálico, a roupa tensiona a superfície com seus volumes e rugas peculiares, e atua como um duplo simbólico do corpo ausente que potencializa diante dos nossos olhos a memória dolorida de todos os que faleceram vitimados pelo Césio 137. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;">A série de desenhos executados a <i style="">gouache </i>sobre o suporte preto do papel, registra de uma maneira simples e despretensiosa, com gesto enérgico e linha firme, ao modo de esboços realizados na trincheira, personagens e acontecimentos envolvidos no acidente radioativo. O suporte empregado corrobora com o ambiente de luto e isolamento criado na cidade. Uma noite escura encobre o palco onde desenrola graficamente imagens do acidente. A luz fugidia parece encontrar apenas o que foi contaminado. Enigmática a narrativa se desenvolve em quadros que traduzem, sem cronologia, as inúmeras situações: uma folha de ouro fragmentada sobre o papel; o roubo do aparelho de RX da antiga clínica no centro de Goiânia; novamente a cartografia do bairro e de suas imediações; atos cotidianos dos atores do acidente; as primeiras vítimas; os montes de terra retirados das áreas de contaminação; os técnicos da CNEN investigando os níveis de radioatividade; construções geométricas como cadeias complexas que aludem a contaminação espalhada pela cidade; as imagens da sombra da morte que se aproxima rapidamente.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;">Todo o conjunto desta série de Siron Franco dedicada ao episódio do acidente com o Césio 137, para além de mostrar o pânico instaurado em nosso meio, constitui uma voz coletiva que se materializa através do trabalho do artista, para falar da nossa permanente indignação, da nossa contínua indagação sobre o destino deste lugar, das pessoas e da cidade após o acidente de outubro de 1987.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: right;font-family:arial;" align="right"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="font-family:arial;"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="font-family:arial;"><span style="font-size:100%;">*<span style="font-size:85%;"> </span><span style="font-size:11;"><span style="font-size:85%;">Artista plástico, Prof. Ms. da FAV, Diretor do Espaço Cultural PROEC/UFG</span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family:arial;">Este texto foi originalmente publicado na Revista UFG-Universidade Federal de Goiás, agosto de 2007, Ano IX, nº1.<br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-size:11;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="font-family:arial;"><span style="font-size:100%;"><span style=";font-size:11;color:red;" ><o:p> </o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="font-family:arial;"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p>Carlos Sena Passoshttp://www.blogger.com/profile/09454512078196286029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5525184122199900478.post-90797224837184842652009-03-01T14:30:00.000-08:002009-03-01T14:32:15.789-08:00Yuri Firmeza e o artista japonês de araki<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW7oWYBE7foEk14Pv-WWCfnPHYmbBvk3KhoJ6YufnuAscyXYuqGuTIwbe8nPpHm_1GKXXLCFQj5pyqatXbhEg0pRAMtScTWo6QWkhjN21ZHkw-yWuJEnOQj_E-XK2cJVeMK5HoS7HvmzFv/s1600-h/Yuri+Firmeza+reduzido.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW7oWYBE7foEk14Pv-WWCfnPHYmbBvk3KhoJ6YufnuAscyXYuqGuTIwbe8nPpHm_1GKXXLCFQj5pyqatXbhEg0pRAMtScTWo6QWkhjN21ZHkw-yWuJEnOQj_E-XK2cJVeMK5HoS7HvmzFv/s320/Yuri+Firmeza+reduzido.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5160974637608685122" border="0" /></a><br /><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" ><br /></span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;">“Eu menti!”, disse Macunaíma com a cara mais deslavada do mundo. Não me lembro agora, afinal já se passaram quase trinta e cinco anos da leitura do livro de Mário de Andrade e, à moda da urgência jornalística, também eu não tenho tempo para verificar na obra se foi por causa do mentido que o anti-herói foi condenado a viver isolado numa ilha deserta, debaixo de um sol sempre a pino, onde a única sombra que existia era sob a única palmeira existente no lugar, e sobre esta, um urubú cagava intermitentemente na sua cabeça. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;">Mas, lembro-me do Drummond narrando no “Fala Amendoeira”, que quando era um jovem cronista de um jornal de Belo Horizonte, usou esta mesma expressão macunaímica, “Eu menti!”, para justificar uma série de escritos que publicou narrando visita anônima de Greta Garbo, a quem ele foi incumbido de ciceronear na capital de Minas Gerais. Sabia-se na época que ela tinha acabado de deixar o cinema buscando um asilo voluntário, mas na verdade, estava muito doente e bastante esgotada da maratona de sucesso, e fora aconselhada pelos seus médicos americanos a buscar os ares mineiros, como remédio certo para curar sua depressão. Pela graça de ser amigo do adido cultural americano de ”Beagá”, coube a Drummond a difícil tarefa de conduzir a diva nas grandes incursões a Serra do Curral, ou nos lânguidos passeios pelo Parque Moscoso durante tardes mornas.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;"><span style=""> </span>Foi isso, que o jovem jornalista narrou semana após semana na sua crônica domingueira, enchendo a mineirada de um orgulho ufanista e permitindo, até, que uma leva de causos sobre flagrantes dessa inesperada visita se alastrasse pelas rodas dos incautos socialites, e se constituíssem no repertório temporal de tradicionais famílias mineiras, e também dos poderosos políticos emergentes, e até, dos novidadeiros de plantão. Quando todos tinham uma história para contar sobre encontros casuais com a atriz e seu jovem cicerone, e alguns tinham divulgadas suas participações no restrito séqüito de condutores aos passeios, ou nas fechadíssimas listas de convidados para recepções secretas, o poeta saiu com esta: “Eu menti!”. E assim, Belo Horizonte teve que engolir o orgulho e saber que não estava com aquela bola toda, teve que aprender a rir da sua própria imagem e do folclórico acontecimento que ajudara a criar.</span></p> <p class="MsoNormal" style="font-family:arial;"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;"><span style=""> </span>A obra que Yuri Firmeza criou para o Dragão do mar, bem poderia se chamar: “Artista japonês de Araki X Imprensa de Cristal”, pois, apesar do tipo de estratégia usada não ser exatamente uma novidade no campo da arte – inúmeros exemplos poderiam ser citados, desde o antológico engôdo de Orson Welles, passando pelo falso cheque de Marcel Duchamp destinado ao seu dentista, até o vazio de Yves Klein – percebe-se que mudaram-se os tempos, mas a irreverência da juventude artística continua a mesma. O curioso disso, é que o impacto sobre os desavisados também não mudou, e eles continuam chiando pela ética e pela verdade. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;">No que diz respeito à imprensa jornalística – que vive da reprodução das notícias, quase sempre sem checar às fontes – dá vontade de rir. Mas nesse episódio até que é compreensível a reação dos tapeados, afinal os jornais vivem da espetacularização dos acontecimentos e quase nunca abrem espaço para a crítica ou para o debate cultural. É sempre o fato espetacular ou a novidade da moda que domina toda a divulgação na mídia jornalística. E pouco interessaria nesse caso, se o jornalista tivesse humor suficiente para encarar o dito pelo não dito, pois, o que lhe falta é tempo para pesquisa numa imprensa que é massificada na velocidade imediatista, e que não tem espaço para reflexões mais profundas a respeito da cultura e dos desdobramentos e tensionamentos da arte.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;">Segundo a crença de uma parte significativa do jornalismo, as complexas atividades da arte contemporânea só interessam mesmo para meia dúzia de intelectuais, e que os jornais são escritos para as massas. Afinal, uma notícia inverídica atinge principalmente o seu público alvo: o povo. Este, segundo as leis das redações, não irá mesmo entender as mazelas da arte, e, portanto, o caminho mais fácil para retratar essa falsa notícia é mesmo a detratação do artista. Em nome da verdade dos fatos, será ele o único malandro julgado, <span style=""> </span>condenado, culpado pela situação.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;"><span style=""> </span>Mas também, quem mandou o artista revelar para o povo que a imprensa é de cristal, e que um grito mais agudo poderia transformá-la em milhões de caquinhos. Cuidado Yuri! Comenta-se em <i style="">off</i> que aquela ilha ensolarada fica no litoral nordestino, e nela o fatídico urubú ainda continua pousado sobre a mesma palmeira, espreitando ansiosamente um abusado artista. Advinhe para quê!?</span></p> <p class="MsoNormal" style="font-family:arial;"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Carlos Sena – Artista plástico, Prof. Ms </span><st1:personname style="font-family: arial;" productid="em Arte Publicit£ria" st="on">em Arte Publicitária</st1:personname><span style="font-family:arial;"> e Produção Simbólica – ECA/USP, leciona Arte Moderna e Contemporânea na FAV/UFG.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;"><span style="font-size:100%;">Este texto foi originalmente publicado no livro Sousareta Geitsuka/Yuri Firmeza (organizador) - Fortaleza CE: Expressão Gráfica e Editora, 2007.</span><br /></span></span> </p>Carlos Sena Passoshttp://www.blogger.com/profile/09454512078196286029noreply@blogger.com0